quinta-feira, 10 de julho de 2003

*psicótico*
Sabem aqueles dias em que tudo o que se quer é vegetar?
Acho que ontem a noite eu teria ido ate o super, comprado umas garrafas de qualquer coisa alcoólica, tequila, vodka, conhaque, qualquer coisa, e me entorpecido até perder a consciência. Acho que nesse momento atual que estou vivendo isso é tudo o que eu gostaria de fazer, uma solução que me deixasse fora do ar (leia-se fora mesmo, dormindo, ou vegetando) por umas 24 horas..

Mas como depois teria que lidar com a enxaqueca da ressaca, com o corpo dolorido, e os reflexos reduzidos, preferi apenas me concentrar na soma = [ frio de matar + muitos cobertores], e na imobilização sob as cobertas. E não é que acabei dormindo na marra...

O pior é que nem posso tomar um calmante forte, devido a responsabilidade que tenho com certas coisas, ai fica naquelas: cafeína de manhã e ao meio dia, para não cair babando na mesa, e algumas gotas ao fim do dia, lá pelas 10 da noite, para ser derrubado pouco depois e não conseguir levantar.. ao menos está funcionando :> hoje tive um bom insight criativo, e acho que finalmente o meu edifício se configura espacialmente...
Mesmo sem tempo de conseguir produzir todos os elementos necessários para a entrega de terça, eu juro que vou tentar, seja o que as forças primordiais quiserem.

*Solidão eletrônica*
Estive pensando...
Acho que descobri hoje (ou a algum tempo) que meus melhores amigo na verdade não existem.
Não que eles sejam imaginários e talz, eles são de carne e osso, mas não estão aqui, presentes, do lado...Em todos esses anos tenho feito amizades mais fortes pela net do que ao vivo. Não que eu seja anti-social, tenho muitos amigos daqui, também, mas em geral encontro muito pouco ou eles (e eu) estão tão atarefados em suas vidas que dificilmente consigo entrar em contato, e esse afastamento faz com que a amizade vire algo "oi, tudo bom, como vai o casamento? e o trabalho?" ou então "Fazendo muitas festas? ah, naum.. sem tempo, claro..."

Acho que fora meus dois colegas de Escritório, a Dani e o Gustavo, e os chefes, claro, naum tenho mais ninguém com quem consiga comentar algum acontecimento mundial, ou então falar de como anda minha vida, o filme que eu não vi (apesar de querer muito) porque não tive tempo e muito menos contar a piada da semana...

Acho que por isso acabo dando tanta importância a postar aqui no Blog, e talz.
É uma espécie de escape...Ao menos a pressão interna não subirá a níveis catastróficos (apesar do blog naum responder as súplicas e dúvidas...)

E continua a esperança de achar alguma alma gêmea disposta a dividir os meus problemas.

Mwhahahahaha.. com uma proposta dessas, acho que estou condenado a solidão.. foi piada, okay? (hehe. até meu humor tá melhorando, apesar de ainda não estar leve o suficiente :O)

*I hate my life*
E isso é tão triste quanto decepcionante...
Todo dia, quando acordo e preciso ir pra faculdade, me pergunto se não deveria ter feito outras escolhas, e se não estaria mais feliz com elas... Chego a ver se não largaria tudo de mão e trocaria agora de vida...

Mas é tão difícil..

Eu adoro arquitetura, gosto muito do meu emprego, é algo bom, diverso, não é chato, é bem remunerado, o pessoal é muito legal, e tenho uma boa perspectiva de futuro onde estou...
Ai vocês perguntam: mas e então, o que vai mal? A Faculdade.
Cheguei na cota em que não é possível aprender mais nada sobre arquitetura com ela.
Posso quase assegurar que, tirando - claro - o fator experiência, não há mesmo mais informações para serem assimiladas, a não ser a de que quando o currículo de um curso é mal elaborado e os departamentos e docentes de uma faculdade não se comunicam devido a rivalidades internas (sim, temos 4 setores que sempre estão em conflito: Arquitetura, Expressão gráfica, Urbanismo e Engenharia), o curso passa de algo útil e proveitoso para apenas perda de tempo..

É isso que eu acho.

Naum sei tudo o que se precisa para ser arquiteto, acho, apesar de conhecer muita coisa. Mas também estou certo de que não aprenderei nestes 1,5 semestres que me faltam para concluir. E não é apenas intuição minha, é certeza, é consulta com gente que já saiu e se decepcionou da mesma maneira que eu, que teve que aprender parte do resto (pois pra se saber tudo, haja tempo), coma vida profissional, quebrando a cara, correndo atrás.

O único porém, são os professores que realmente sabem o que fazem e sabem seu papel...
E posso contar nos dedos de uma mão os que realmente estavam dispostos a compartilhar esse conhecimento.
Pessoas que apesar da cobrança por resultados, sabiam o que podíamos fazer, saibamos do que deveríamos correr atrás, e nunca deram o conhecimento de graça.
Mas davam dicas de como conseguí-lo, de como ir atrás, de como descobrir as respostas...

Um será meu orientador, os outros, espero que se tornem bons colegas de profissão, pois são pessoas que realmente merecem estar no mercado fazendo tudo o que sempre fizeram por ai.

Desculpem o desabafo pesado, mas, como eu disse, naum tenho pra quem contar isso tudo. E estava precisando muito desabafar.

*see you later*

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