quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

bradesCOMPLETO

"Aos Líderes
Bom senso

Aos Sedentários
Força de vontade

Aos distantes
uma ponte

A quem só sabe trabalhar
Porta retrato

Ao meio ambiente
um inteiro

Aos tímidos
Voz

Ao artista
Platéia

A quem não espera nada
Surpresa

Ao Penta
O hexa

Aos homens de boa vontade
A paz

À paz
Uma nova chance

Que 2006 seja um ano Completo"

.:*:.

Um pedaço (talvez ainda incompleto, copiado a mão) da propaganda do Bradesco que achei tão interessante.
Com as imagens é muito mais bonito!

Mas era isso. 2005 foi um ano cheio de catástrofes por todo o mundo, guerras, maremotos, furações, muita dor e sofriemnto.
Mas ao mesmo tempo um ano de muitas revelações, mudanças e crescimento na esfera pessoal minha e de amigos próximos.

Ficam agora meus votos para um Natal de muita Luz e um 2006 de crescimento e realizações!

Abraços, e boas Festas a todos...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Natal Pagão

A contagem regressiva para a noite de natal já começou, faltam apenas 9 dias para a data. A televisão enche-se de apelos publicitários, muita mercadorias em ofertas, milhares de promoções únicas e surpreendentes, que enchem os olhos e, depois de alguns dias vendo a tv, enchem principalmente o saco!

Mas ainda salvam-se alguns publicitários na fila para o céu, gente com criatividade, e que mesmo com mensagens que destacam a marca conseguem causar aquele arrepio que se forma no pescoço e desce até a base da coluna, uma sensação que vicia igual
adrenalida e que, infelizmente, só é causada quando há emoção genuína.

Cito 3 que realmente me fizeram parar tudo e olhar para a tela (na verdade agora fico esperando para rever as cenas):

Em primeiro lugar: A rede zafari e bourbon que, como sempre, arrasou.
Ao som de "fico assim sem você" levemente alterada (e sem enfoque romântico), uma menininha espera pelo irmaozinho que vai nascer. Lindo.
Bom, todas as propagandas de final de ano do zafari me deixam com essa sensação, sempre envolvem emoção, e sempre conseguem tocar (ao menos em mim) fundo.

A segunda eleita: a propaganda da RBS TV.
Uma voz a la pedro bial fala dos segundos de um ano e de como a gente vive e percebe a passagem do tempo. Magnífica. Muito bonita. Prncipalmente porque, apesar de estar fazendo propaganda da rede, foca nas pessoas, e não em si mesma.

E por ultimo, a propaganda do bradesco.
Um quebra cabeças sendo montado no melhor estilo de "diariamente" da Marisa Monte (não que seja essa a trilha, apenas o estilo)
Show. Se eu conseguisse o texto postava aqui.
Se alguém tiver, me envie.

No mais, fica a música da campeã aqui.
Eu nunca tinha prestado muita atenção na letra. Puro preconceito.
Agora acho a letra muito bonita, e sem dúvida na voz da Adriana calcanhoto é tudo de bom!

.:*:.

Fico assim sem você
Adriana Calcanhoto

Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho,
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço, namoro sem amasso
Sou eu assim sem você

To louca pra te ver chegar
To louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço, retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Porque? Pooooooorque?

Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada, queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

correntes...

A vida volta lentamente
e eu aproveito pra postar uma brincadeira
*roubada do restless mind

-se eu fosse uma flor seria um cravo
-se eu fosse uma boneca seria o Buzz Lightyear (para o infinito e avante!!!!)
-se eu fosse um mês seria julho (friiiiiio!!!)
-se eu fosse uma brincadeira seria pique esconde
-se eu fosse uma música seria The world is no enought (do Garbage)
-se eu fosse uma nota musical seria dó
-se eu fosse uma cor seria preto
-se eu fosse um filme seria Um sonho de liberdade
-se eu fosse um feriado seria reveilon
-se eu fosse uma comida seria lasanha!
-se eu fosse uma bebida seria coca cola light
-se eu fosse um disco seria How to dismantle an atomic bomb (do U2)
-se eu fosse uma maquiagem seria pó de arroz (tah, é chute, não manjo nada, mas odeio coisas melequentas )
-se eu fosse um dia da semana seria sábado
-se eu fosse um periférico do PC seria fone de ouvido
-se eu fosse um doce seria pavê de chocolate com ameixas
-se eu fosse um programa de tv seria a grande familia
-se eu fosse um cômodo da casa seria o hall
-se eu fosse um instrumento seria uma gaitinha de boca
-se eu fosse um objeto seria um garfo
-se eu fosse um acessório seria um cinto
-se eu fosse uma árvore seria um pinheiro
-se eu fosse uma fruta seria pêra
-se eu fosse uma paisagem seria o topo dos alpes
-se eu fosse um bicho seria cachorro
-se eu fosse um lugar seria Roma
-se eu fosse uma estação do ano seria inverno
-se eu uma frase feita seria "amanhã vai ser outro dia" (vale frase feita de música, né?)
-se eu fosse uma peça de roupa seria sobretudo (era camiseta, mas a zackie tinha razão...)
-se eu fosse um elemento da natureza seria ar
-se eu fosse um aparelho eletrônico seria um altofalante
-se eu fosse uma pessoa da minha família seria eu mesmo (hehe, não tenho alternativas!)
-se eu um sentimento seria insegurança
-se eu fosse um perfume seria Kaiak
-se eu fosse um livro seria "the soulforged"
-se eu fosse uma conquista seria independência
-se eu fosse uma parte do corpo seria cérebro
-se eu fosse uma pedra seria um mármofre negro italiano caríssimo (hahahahaha)
-se eu fosse uma dúvida seria "será mesmo"?
-se eu fosse uma marca seria e-mage (automarketing!)
-se eu fosse um eletrodoméstico seria um microsystem
-se eu fosse um jogo seria, certamente, D&D

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

Balanço

Enfim, acabou. Minha expedição ao limbo da inexistência encerra hoje, depois que eu dormir algumas horas e me recuperar do mal estar com o qual desacordei hoje.

No início parecia que tudo seria festa, mas ao longo do tempo a animação foi dando lugar a preocupação e ao desespero.
Não fosse a ajuda de pessoas amigas e legais (como a Renata e a Aline), acho que não teria sido tão bom.
E agora sei que temos grande potencial para produzir.

Balanço:
Tempo: foram 39 dias de trabalho árduo, muito stress e correria
Média diária de sono no período: 4 horas
Média diária de trabalho no período: 16 horas
Total estimado de horas investidas: 624
Quantidade de trabalhos realizados: 14 (2 interiores e 12 diplomações)
Quantidade de imagens produzidas: 139
Internas: 27 - externas: 79 - fachadas: 33

Fora dados menos importantes como a quantidade de pizzas, biscoitos, chocolates e litros de coca cola light consumido nos período, vale dizer que foi muito bom.

Quase não dormi, meu corpo dói por inteiro, minhas mãos tremem, há cerca de 5 dias sobrevivo à base de analgésicos eantiinflamatórios e meu cérebro passou daquele limite saudável das EQMs (já tive experiências de me ver de fora do corpo e principalmente ouvir muuuuitas vozes nestes ultimos dias).

Bom, agora vou tirar um cochilo, que meu estômago está revirado e eu não sei o que mais posso fazer aqui. Bom final de semana a todos (e agora podem voltar a cobrar minha presença e participação em assuntos terrenos ;)

E por fim, mas não menos importante, um beijo especial a minha amada Mariana, que me aturou mal por todos esses dias, me deu muita força e ficou perto o máximo possível.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

fim do universo

Como não estou com tempo nestes dias, fica um retalhinho de um dos livros que ando lendo nos momentos de folga (leia-se entre renderizações)

Capítulo 28

O principal problema - um dos principais problemas, pois há vários -, um dos principais problemas em governar pessoas está em quem você arruma para fazê-lo; ou melhor, em quem consegue arrumar pessoas que lhe permitam fazer isso com elas.

Resumindo: é um fato bem conhecido que as pessoas que mais querem governar as pessoas são, por isso mesmo, as menos convenientes pra isso. Resumindo o resumo: qualquer pessoa capaz de se fazer presidente não deveria, em nenhuma hipótese, ter permissão de receber esse emprego. Resumindo o resumo do resumo: as pessoas são um problema.

extraído de "O Restaurante do Fim do Universo"

terça-feira, 8 de novembro de 2005

Aviso aos navegantes

Neste mês de novembro estarei um tanto distante do blog.
Vai ser difícil arrumar tempo para postar algo meu.
Provavelmente vou postar quase nada, a menos que encontre algum texto que valha (e que já não tenha sido usado por alguém próximo!)

Estou com muito (muito muito muito) trabalho e vai ser difícil inclusive me encontrar desocupado. Mas boa sorte pra nós =)

No mais, ótimas semanas pra todos, em Breve estou de volta!

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

E se...

Outro dia - lendo o blog da Renata - me deparei com um post chamado "E SE", que trazia a música homônima (Francis Hime / Chico Buarque), e fiquei refletindo a respeito de quanto as tais palavrinhas também atrapalhavam a minha vida.

Pozeh, acho que encontrei a resposta pra elas.

E se tudo der errado, então eu recomeço.

Vou apostar algumas (quase todas) fichas em uma jogada grande.
pela primeira vez estou mais confiante e destemido do que nunca.
Não que seja um passo tão grande, mas é como saltar de uma pedra firme para uma que eu jamais estive, e que pode tanto afundar como ser extremamente escorregadia.

Mas qual seria a graça da vida senão o risco e a aventura de vivê-la?

Abraço e boa semana!

terça-feira, 18 de outubro de 2005

felicidade

Há tempos eu queria falar sobre a estranha necessidade que o mundo moderno impõe às pessoas de que sejam felizes e bem sucedidas sempre.

Há algumas semanas eu mesmo estava sofrendo uma crise (e talvez ainda não tenha me recuperado por completo) depressiva por causa disso.
Me sentia um fracassado por ainda não ter resultados palpáveis de todas as coisas que investi tanto ao longos desses meus últimos anos de vida, principalmente no campo financeiro e profissional, e isso - além de desmotivar - piorava as perspectivas pro futuro.

Mas superei.
Tive o incrível raciocínio (ou talvez o entendimento de um ditado que anda solto por ai) de que não tinha essa necessidade de ser feliz "all the time", que precisava escolher algumas prioridades e metas pra minha vida e, principalmente, que devia esquecer o resto de exigências do mundo e não dar mais bola.

É interessante ser (ou ter momentos) infeliz(es).
Faz parte do contraste, é o simples fato de que é preciso ter a infelicidade pr se saber medir a felicidade.

Mas enfim, sem mais delongas, vou publicar aqui uma entevista com o Roberto Shinyashiki feita pela Isto É (e encaminhada pro meu e-mail pelo Iuri), sobre seu livro Heróis de verdade, onde "o escritor combate a supervalorização da aparência e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima", por falar, mais ou menos, tudo que eu queria dizer.

.:*:.

por Camilo Vannuchi

Observador contumaz das manias humanas, Roberto Shinyashiki está cansado dos
jogos de aparência que tomaram conta das corporações e das famílias. Nas
entrevistas de emprego, por exemplo, os candidatos repetem o que imaginam
que deve ser dito. Num teatro constante, são todos felizes, motivados,
corretos, embora muitas vezes pequem na competência. Dizem-se
perfeccionistas: ninguém comete falhas, ninguém erra. Como Álvaro de Campos
(heterônimo de Fernando Pessoa) em Poema em linha reta, o psiquiatra não
compartilha da síndrome de super-heróis. "Nunca conheci quem tivesse levado
porrada na vida (...) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo nunca
teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, nunca foi senão príncipe",
dizem os versos que o inspiraram a escrever Heróis de verdade (Editora
Gente, 168 págs., R$ 25). Farto de semideuses, Roberto Shinyashiki faz soar
seu alerta por uma mudança de atitude. "O mundo precisa de pessoas mais
simples e verdadeiras."

.:*:.

Quem são os heróis de verdade?
Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de
sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado,
viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo.
Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de
funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas
como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria
se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a
casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na
minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples
e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar
seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que
sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

O sr. citaria exemplos?
Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê
nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu
nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos,
empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente
(SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus
quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa
em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das
pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão,
doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão,
Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se
mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher
que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa
décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir
seguro.

Qual o resultado disso?
Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer
preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês,
informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única
coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a
desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a
infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão
discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

Por quê?
O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar
pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing
pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas
as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia
demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como
falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até
porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações
públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não
passaria da primeira etapa.

Há um script estabelecido?
Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de
multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos respondem
que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na
empresa. Preciso aprender a relaxar." É exatamente o que o chefe quer
escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou
esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma,
na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O
vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: "Sabe,
Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir." Isso significa que
quem fala a verdade não chega a diretor?

Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se
preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se
preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o
maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há
muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função
para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um
paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que
isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um
caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade
achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e
não acordou para isso.

Está sobrando auto-estima?
Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que
os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter
conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para
conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser
nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem,
parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar
que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer
que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que
está tudo bem.

Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos
em tudo e de valorizar a aparência?
Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando
os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O
técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles
não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você
quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma
crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham." Pode parecer
incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve
dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A
gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não
segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A
gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de
errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque
acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será
positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é
delas.

É comum colocar a culpa nos outros?
Sim. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar
alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades. Todas as empresas
definem uma meta de crescimento no começo do ano. O presidente estabelece
que a meta é crescer 15%, mas, se perguntar a ele em que está baseada essa
expectativa, ele não vai saber responder. Ele estabelece um valor
aleatoriamente, os diretores fingem que é factível e os vendedores já partem
do princípio de que a meta não será cumprida e passam a buscar explicações
para, no final do ano, justificar. A maioria das metas estabelecidas no
Brasil não leva em conta a evolução do setor. É uma chutação total.

Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer
essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz
minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho
nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial,
eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da
vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo
que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia
desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me
perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido
eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas
cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é
precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é
buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso
desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os
MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O
que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias
potencialidades.

"O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal"

Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da
sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele
não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: "Você tem de
estar feliz todos os dias." A terceira é: "Você tem que comprar tudo o que
puder." O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura:
"Você tem de fazer as coisas do jeito certo." Jeito certo não existe. Não há
um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o
sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado
de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar,
enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você
precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar.

O sr. visita mestres na Índia com freqüência. Há alguma parábola que
o sr. aprendeu com eles que o ajude a agir?

Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um
hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez
pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior
parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me
sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz." Eu sentia uma dor
enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de
coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter
aplicado o dinheiro em imóveis. Uma história que aprendi na Índia me ensinou
muito. O sujeito fugia de um urso e caiu em um barranco. Conseguiu se
pendurar em algumas raízes. O urso tentava pegá-lo. Embaixo, onças pulavam
para agarrar seu pé. No maior sufoco, o sujeito olha para o lado e vê um
arbusto com um morango. Ele pega o morango, admira sua beleza e o saboreia.
Cada vez mais nós temos ursos e onças à nossa volta. Mas é preciso comer os
morangos

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Labirintos

por Luís Fernando Veríssimo

O que é um labirinto?
Um labirinto é o caminho mais rápido entre o ponto A e o ponto B para quem queria ir para o ponto C.
Como se constrói um labirinto?
De preferência, de dentro para fora.
Quem inventou o labirinto?
Não se sabe o seu nome. O conceito de corredor não existia na arquitetura antiga. Nas habitações e nos prédios públicos uma peça dava na outra, ou todas se juntavam e davam num átrio central. Foi então que, numa remota região da Mesopotâmia, um arquiteto inventou o corredor. Mas como não tinha o conceito de peças, fazia casas só de corredores que se cruzavam e recruzavam, nas quais as pessoas entravam e nunca mais saíam, e que certamente estão nas origens do labirinto moderno. Impossibilitadas de ter qualquer contato social, ou mesmo de buscar mantimentos, as famílias que ocupavam estas casas acabaram extintas, levando com elas para o esquecimento o nome do arquiteto.
Como começou a mania dos nobres ingleses de terem um labirinto na sua propriedade rural?
Lord Auberon Bores-Easily, a quem se atribui a invenção do muxoxo, perdeu a paciência com a placidez e a previsibilidade das suas terras em Sussex e, reunindo engenheiros e jardineiros num trecho do seu gramado, decretou: "Quero uma complicação aqui". O próprio lorde desapareceu durante uma inspeção das obras e nunca mais foi visto.
Para que serve um labirinto?
Para você matar o tempo, e vice-versa. Para você exercer plenamente o seu direito de ir e vir, ir e vir, ir e vir. Para você saber o que é mudar de orientação, voltar atrás, rever posições, escolher novos caminhos, repetir os mesmos erros e perder a compostura sem precisar entrar na política. Para você passear com aquela pessoa especial com quem decidiu que quer passar o resto da sua vida. Para cronistas que precisam fazer muito material adiantado poderem escrever sobre um assunto sem qualquer atualidade ou utilidade, mas com várias partes. Para nada.
Como entrar num labirinto?
Pela entrada. Mas cuidado, pode ser a saída disfarçada.
Como reconhecer a saída de um labirinto do lado de fora?
Se não tiver ninguém saindo, é a saída.
Como sair de um labirinto?
Depende. Onde você está?
Num corredor estreito com paredes altas e brancas de cada lado.
Algum grafito nas paredes?
Tem. "Mané esteve aqui." Depois, "Mané esteve aqui de novo." Depois, "Meu Deus é a terceira vez que eu passo por aqui." Assinado... a lata de spray está na mão de uma caveira!
É o Mané... Algum outro grafito?
Sim. "Penso que estive aqui". Assinado Jorge Luiz Borges.
Finja que não viu esse.
Como é que eu saio deste labirinto?!
Calma. Na verdade, a sua situação é invejável. Você tem sempre só duas escolhas, o que raramente acontece com quem não está num labirinto. Você só pode ir para um lado ou para o outro. Sempre tem cinqüenta por cento de chance de fazer a escolha certa.
Não existe nenhuma maneira cem por cento certa de me livrar deste labirinto?
Existe, mas você devia ter tomado uma providência antes de entrar.
Qual?
Não entrar.
Espere! Acabo de encontrar uma planta do labirinto na parede com uma seta apontando um lugar!
O que diz a seta?
"Você não está aqui"...
Típico humor de labirinto. Se enxergar uma porta com os dizeres "Saída de Emergência", não entre.
Por quê?
É um cemitério.
Atenção! Encontrei uma caixa presa na parede com os dizeres "Se você está perdido, quebre o vidro". Estou quebrando o vidro!
O que tem dentro da caixa?
Calmante.
Talvez o exemplo de outras pessoas que tiveram experiências em labirintos me ajude a sair deste.
Bem, existem algumas parábolas. Como a do Esbanjador, do Avaro e da galinha.
Como é?
O Esbanjador entrou no labirinto e, para não perder o caminho de volta, foi deixando moedas de ouro atrás de si. Depois era só ir catando as moedas do chão que voltaria à liberdade. O Esbanjador chegou no centro do labirinto, examinou tudo, e estava se preparando para voltar quando deu de cara com o Avaro, que chegava botando a última moeda de ouro na algibeira. O Avaro tinha passado pela entrada do labirinto, visto as moedas enfileiradas, e não resistira. Saíra a catá-las, labirinto adentro. "Seu imbecil!", gritou o Esbanjador. "E agora, como vamos encontrar o caminho de volta?". "Sou avaro mas não sou burro", disse o Avaro. "No lugar de cada moeda, deixei um grão de milho. É só ir catando os grãos de milho do chão que voltaremos à liberdade."
E aí?
Aí entrou a galinha. Ela tinha passado pela entrada do labirinto, visto os grãos de milho enfileirados, e...
Não sei como essa parábola pode me ajudar a sair daqui.
É o problema com as parábolas. Elas dão lições valiosas, mas de uma forma que ninguém entende. Acho que esta tem a ver com os diferentes tipos de compulsão, e a perdição a que nos levam. A galinha tinha a compulsão de viver, o Avaro a de juntar dinheiro, e o Esbanjador a pior compulsão de todas.
A de esbanjar?
A de entrar em labirintos.”

.:*:.

É, a mente desse escritor é um labirinto de idéias e palavras.
Adorei a crônica.
Retirada de "o suicida e o computador"
Gentilmente emprestado pela Mariana para esse que vos tecla.

Ótimo feriado!

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Martha Medeiros

Não que falte inspiração ou qualquer outra coisa (ando com muitas idéias pra escrever, apesar do pouco tempo), mas li essa coluna no domingo (quando estava na serra longe de qualquer computador) e fiquei com ela na cabeça: é da Mestra Martha Medeiros, e como concordo com cada palavra desse artigo, fica ai pra quem perdeu...


Beleza e inteligência

A capa da última edição da Revista da MTV traz a pergunta: Você abriria mão da sua inteligência para ser mais bonito? Li a reportagem com a esperança de encontrar uma resposta óbvia, mas nossos óbvios nunca batem com os dos outros. O óbvio que encontrei foi que, dos 2.359 brasileiros entre 15 e 30 anos pesquisados pelo Dossiê Universo Jovem, cerca de 60% responderam que pessoas bonitas têm mais oportunidades na vida, e, portanto, sim, topariam ficar um pouco mais burros se em troca ficassem um pouco mais belos.


Esta é uma obviedade que, em tese, se justifica: aparência conta muito no jogo da sedução e na conquista de um emprego. Todos tratam melhor os magros e lindos. Na escola, te imitam. Nas festas, te cercam. Nada mal. Marcia Tiburi, durante o programa Saia justa, disse para Luana Piovani que ela havia sido bem tratada pelo mundo em função da beleza, mas que a vida não é assim tão fácil para quem não nasce com tais atributos. Foi extremamente sincera, mesmo que a outra não tenha ficado muito feliz com a observação. Luanas enfrentam menos percalços do que as não tão formosas, porém tão talentosas quanto. Não é demérito ser bonita, não é pecado, ao contrário, é uma glória, uma bênção, e beleza e inteligência podem muito bem conviver em paz no mesmo corpo, há vários exemplos de gente linda e sabida. Mas tendo que optar entre uma coisa e outra, alto lá, melhor pensar direitinho.

A minha resposta óbvia à enquete seria: toda pessoa inteligente é bonita, não importa seu aspecto físico. Logo, não tem cabimento trocar neurônios por olhos azuis. É rara uma pessoa inteligente que não seja cativante. Por outro lado, conheço vários belos que só provocam bocejos. Há mais de 20 anos, quando ainda era publicitária, acompanhei a gravação de um comercial de tevê interpretado por um deus grego, o homem mais estonteante que havia visto. No final da gravação, ele me pediu carona. Eu, longe de ser uma Luana e desacostumada com estas generosidades cósmicas, vibrei. Sabia que o rapaz morava num bairro distante, mas estava disposta a levá-lo até Pernambuco, se ele pedisse. Em três minutos de conversa dentro do carro, eu queria cortar os pulsos. Inventei um mal súbito, aleguei falta de combustível, sei lá, não lembro, só sei que acabei deixando-o num ponto de táxi e fui pra casa dormir.

Burrice é pior que um nariz torto, é pior que cabelo ruim, é a pior das cicatrizes. Inteligência, por sua vez, torna qualquer pessoa iluminada. Qualquer uma. Faça uma lista dos seres humanos que você mais admira: a maioria não é linda, se analisadas apenas pelo padrão estético. Mas, sendo inteligentes, ninguém lhes tira o carisma. Só não percebem isso aqueles que, não tendo mesmo muita massa cinzenta, topam a troca.


.:*:.

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 4 de outubro de 2005

Na Terra de Deus e do Homem

"O que está em jogo numa cultura em que a mulher aprende desde cedo que sexo é motivo de vergonha? O que se esconde por detrás de uma sociedade em que a Aids cresce assustadoramente na placidez idealizada de famílias tradicionais? O que se pensar de uma realidade na qual fábricas controlam o ciclo menstrual de suas empregadas e demitem as que estão grávidas? O que dizer de sociedades que aprovam o estupro de mulheres que não são mais virgens? Num texto veemente e polêmico, a premiada jornalista Silvana Paternostro explora essas questões, rompendo o tenso silêncio que envolve a cultura sexual na América Latina.

Enfocando uma realidade assustadoramente atual, Paternostro apresenta neste livro que combina cuidadosa pesquisa sociológica a suas próprias vivências pessoais, o incômodo retrato de uma sociedade que está pagando um preço alto pela própria ignorância e hipocrisia. E mostra ainda - a partir do relato de vários casos verídicos colhidos durante as suas viagens pelo continente - como nenhuma dessas situações é independente, como elas estão interligadas à natureza de nossa cultura, nosso governo e nossa religião. "

Lendo essas notas de orelha do livro, dá pra ter uma idéia do assunto que Silvana, essa jornalista colombiana que viajou o mundo e conheceu a realidade (principalmente das mulheres) de toda a América Latina, enfoca ao longo das mais de 400 páginas bem escritas que misturam texto jornalistico com reflexões pessoais (e muito inteligentes) de tudo que é abordado.

"O livro tenta esclarecer por que mais da metade dos lares pobres da América Latina são encabeçados por mães solteiras, por que as mulheres casadas estão correndo mais risco de contrair Aids do que uma prostituta, por que 80% das mulheres casadas que tiveram resultado HIV-positivo foram infectadas através do comportamento bissexual de seus maridos, por que a Igreja Católica está pondo as mulheres em risco ao proibir o uso de preservativos e a legalização do aborto."


O texto é explícido, sem papas na língua, a abordagem vai de chocante a assutadora, mas ajuda a compreender questões deixadas de lado pela sociedade e a ver melhor uma realidade disfarçada pela criação machista e religiosa que temos.

Abre a discussão falando da falta de orientação e educação sexual em toda a américa latina (e católica), da marginalização do papel da mulher (num passado recente, em parte ainda contemporâneo), de gravidez, aborto, prostituição, homosexualismo, sexo, desejo, diálogo, de autoconhecimento e comportamento humano.

Também alerta (em sua totalidade) para a importante questão da AIDS em uma época de liberação sexual disfarçada, principalmente no Brasil "ambíguo e contraditório" onde se acredita em uma "sociedade democrática e multicultural", mas que ao mesmo tempo nunca corresponde à realidade.

O mais assustador é avançar além do período de edição do livro (1998) e se deparar com a realidade atual ( principalmente) do Brasil, e com uma idéia vaga dos quadros das DSTs, principalmente a AIDS, e das estatísticas de gravidez adolescente, aborto, violência e marginalização das mulheres. É sociologia, mas do melhor tipo, porque revela a essência da cultura sexual da América Latina.

sexta-feira, 30 de setembro de 2005

Joanna

Esses dias ganhei alguns megas de música (quando a Fernandinha passou aqui em casa com sua pendrive/mp3 player chique para pegar uns arquivos)...

Eis que em meio às musicas tinha o album "The milk-eyed mender", da Joanna Newson.
Ela é harpista e tem uma voz indescritível. Pra tentar explicar: fica entre criança/elfo/fada/miado de gato, e ela exercita aos extremos.

As letras são completamente malucas, e o mais engraçado é que, quando estou longe de qualquer coisa que toque música, esse album fica ressoando na minha cabeça.

Não sei se alguém mais iria gostar, muito menos sei explicar porque gostei, mas enfim, é completamente folk, parece música de ninar (lullaby), é viciante e estridente.
Fica ai uma das mais conhecidas...


.:*:.

Bridges and Balloons
Joanna Newson

We sailed away on a winter's day
With fate as malleable as clay
But ships are fallible, i say
And the nautical, like all things, fades

And i can recall our caravel
A little wicker beetle-shell
With four fine masts and lateen sails
Its bearings on cair paravel

Oh my love
Oh it was a funny little thing
To be the ones to've seen

The sight of bridges and balloons
Makes calm canaries irritable
And they caw and claw all afternoon
Catenaries and dirigibles

Brace and buoy the livingroom
A loom of metal, warp - woof - wimble
And a thimble's worth of milky moon
Can touch hearts larger than a thimble

Oh my love
Oh it was a funny little thing
To be the ones to've seen

Oh my love
Oh it was a funny little thing
It was a funny, funny little thing

.:*:.

Bom final de semana à todos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

arte

Domingo 25 de setembro, 15h00s.
Usina do gasômetro, Porto Alegre, RS

Aproveitando os primeiros dias da primavera e a peça gratuita oferecida pelo Porto Alegre em cena, Eu, Mari e Ana Maria curtíamos o sol e o chimarrão e, entre músicas e letras de Vinícius, Titãs, Ney, Elza Soares, entre outros, colocávamos a conversa em dia e olhávamos, de canto, a tal apresentação.

Eram cerca de 40 (talvez mais, ou menos) atores vestidos de branco, com roupas leves, cheios de faixas, adornos e outros penduricalhos (também brancos) amarrados pelo corpo, dançando e coreografando em circulo, marcando um ritmo de peça com trechos repetidos de um tango (argentino?) a ponto de fazê-la (conforme o prometido) durar 3 horas...

Cenas de violência, cenas do cotidiano, cenas de impacto e ousadia (como os atores se oferecendo pra platéia ao som de "a carne mais barata do mercado é a carne negra", ou uma coreografia absurda para rosa de Hiroshima), tudo muito alegre e com muita energia, interação com a platéia, trocas de beijos (independentes do sexo dos atores), de abraços, de fome e sede, de tudo que se pode imaginar (haja criatividade)...

E eis que, entre várias famílias com crianças, jovens casais, solteiros, idosos e demais público (alternativo ou não) que estava no lugar prestigiando, uma das atrizes se despe e fica completamente nua.

As pessoas em volta ficam um tanto escandalizadas.

A mulher, que está no centro de um grande círculo formado pelos outros atores, assume algum papel de prostituta bíblica e é apedrejada. Cai no chão.

Os 0utros atores correm para ela, que se levanta, e um a um vão se despindo, formando uma massa de gente nua em pleno sol da tarde, sob os olhares assustados dos pais que recolhiam seus filhos pela mão para deixar o lugar.

Curioso.

Não a nudez, não o escândalo, não o impacto.

Mas a necessidade de provocar, de intimidar, de surpreender.

Ano passado ouvi vários relatos do Porto Alegre em cena, relatos que falavam que a maioria das peças estava seguindo um rumo alternativo demais, pecando na falta de trabalho e de surpresa e desviando para o vulgar chocante.

Resultado: eu e a Mari desistimos do festival esse ano.
Não exclusivamente por isso, também por alguns outros motivos, mas a chance de investir tempo e dinheiro em algo que pode ser ruim demais já corta as possibilidades de quem não é assim, bem de vida e também não é fissurado tanto assim por teatro.

Assistir alguma peça agora, só se for muito bem recomendada, e por alguém de confiança.

Uma pena que a arte tenha a tendência a tomar rumos assim.
Pena maior esse tipo de espetáculo gratuito (nos dois sentidos, com trocadilhos) que vimos ontem à tarde.

Ainda mais por mobilizar gente que esperava mais do que a arte gratuita (ao menos na minha opinião) que se teve.

.:*:.

Boa semana a todos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Gênios e loucos





Faça você também Que
gênio-louco é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia

Ator, impaciente, que gosta de causar impacto nas pessoas, depressivo, fã de ficção científica boba, com pensamentos malucos e incompreensíveis na cabeça, que sonha acordado, gostaria de morar na Espanha, idealiza tudo e provavelmente vai morrer de parada cardíaca!

Não, não é a biografia do Dali, foram as minhas respostas.
Pra quem quiser saber mais do gênio, clique aqui!

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Marketing pessoal

Saiu uma imagem minha no Casa & Cia do jornal Zero hora, na seção Suporte Completo dessa terça feira, ilustrando um projeto das arquitetas Maria Alice Carvalho e Débora Noronha.


É pouca coisa, mas já é um dos frutos que eu espero colher por me dedicar bastante ao trabalho com computação gráfica.
Espero que o endereço do site (e-mage.biz) nos créditos pela ilustração valham ao menos mais alguns trabalhinhos, e que esse seja só a primeira de várias imagens a aparecerem por ai!

Boa semana a todos.

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Telas em branco.

Ultimamente minha vida anda cheia delas.
Não consigo concentrar nem escrever muita coisa.
Podia me descabelar apavorado, mas tenho uma teoria menos estressante quanto a isso (não, não que eu escreva bem, mas sequer estou conseguindo escrever nestes dias): me falta combustível intelectual.
Ridículo? Talvez. A mais ou menos dois meses eu parei minha vida por causa de um concurso que estou fazendo.
Parei de ler meus livros, quase não fui ao cinema, não li revistas, não vi muita televisão, vi poucos filmes em casa, poucas conversas...

Isso me deixa mal.
Descobri que tenho necessidade de ler.
Ando muito desconcentrado. Muito aéreo. Estudar é algo extremamente complicado.
Já passie por isso em outros momentos, principalmente durante a faculdade, e sei que minha cabeça fica lesada em épocas de pressão.

Assim como a Aninha Pilsen me disse - certa vez - que acontecia com ela, descobri que não funciono sob pressão. Travo. Breco.

Acabo atrapalhando a minha vida e, o que é pior, não conseguindo me dedicar direito, por estar atrapalhado, àquilo que devia.

Enfim, se alguém me estranhar, dê mais uma semana ou duas que devo voltar a meu anormal =)

Ah, e eu devia postar aqui sobre algumas coisas que andei lendo nessas folgas do trabalho, mas enfim, acho que fica pra amanhã, que é feriado, se a tela em branco nãos e mostrar muito agressiva.

Bom 7 de setemrbo a todos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Bowie Mestre....

Poucas coisas salvam um dia frio e chuvoso de trabalho quando a vontade é estar em casa e sob várias cobertas esquecer o resto do mundo...
Resta a música, e meus fones de ouvido.

Minhas semanas estão passando depressa. O tempo se esgota rápido.
Ao mneos estou estudando inglês, e engenharia legal.
Sorte... Espero no próximo post ter mais inspiração.
Mas a música vale muito a pena.

Changes
David Bowie

"Still don’t know what I was waiting for
And my time was running wild
A million dead-end streets and
Every time I thought I’d got it made
It seemed the taste was not so sweet
So I turned myself to face me
But I’ve never caught a glimpse
Of how the others must see the faker
I’m much too fast to take that test

Ch-ch-ch-ch-changes
(turn and face the strain)
Ch-ch-changes
Don’t want to be a richer man
Ch-ch-ch-ch-changes
(turn and face the strain)
Ch-ch-changes
Just gonna have to be a different man
Time may change me
But I can’t trace time

I watch the ripples change their size
But never leave the stream
Of warm impermanence
So the days float through my eyes
But stil the days seem the same
And these children that you spit on
As they try to change their worlds
Are immune to your consultations
They’re quite aware of what they’re going through

Ch-ch-ch-ch-changes
(turn and face the strain)
Ch-ch-changes
Don’t tell them to grow up and out of it
Ch-ch-ch-ch-changes
(turn and face the strain)
Ch-ch-changes
Where’s your shame
You’ve left us up to our necks in it
Time may change me
But you can’t trace time

Strange fascination, fascinating me
Ah changes are taking the pace I’m going through

Ch-ch-ch-ch-changes
(turn and face the strain)
Ch-ch-changes
Oh, look out you rock ’n rollers
Ch-ch-ch-ch-changes
(turn and face the strain)
Ch-ch-changes
Pretty soon now you’re gonna get a little older
Time may change me
But I can’t trace time
I said that time may change me
But I can’t trace time"

.:*:.

Ótimo final de semana pra quem passa aqui!

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Meu mundo...

...caiu por terra hoje.
Acontecimentos ocultos e decepcionantes.

.:*:>

Fascination (Human League)

If it seems a little time is needed
Decisions to be made
The good advice of friends unheeded
The best of plans mislaid

Just looking for a new direction
In an old familiar way
The forming of a new connection
To study or to play

And so the conversation turned
Until the sun went down
And many fantasies were learned
On that day

Keep feeling fascination
Passion burning
Love so strong
Keep feeling fascination
Looking learning
Moving on

Well the truth may need some
Re-arranging
Stories to be told
And plain to see the facts are changing
No meaning left to hold

And so the conversation turned
Until the sun went down
And many fantasies were learned
On that day

And so the conversation turned
Until the sun went down
And many fantasies were learned
On that day

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

Mitos

"Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de estar vivos, de modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico, tenham ressonância no interior do nosso ser e da nossa realidade mais íntimos, de modo que realmente sintamos o enlevo de estar vivos."

Joseph Campbell - Anotação da orelha de "O Poder do Mito"

(...)
Jamais alguém definiu tão bem essa ansia que o ser humano tem em buscar novos significados.

.:*:.

Ontem fui perambular pelas livrarias da cidade em busca de um livro de pareceres jurídicos (entre outras coisitas), e como não podia ser diferente, acabei aprisionado por vários e vários livros que teria trazido para casa, não fosse o valor na contracapa e o vermelho na minha conta bancária.

Dicas boas:

1. O Poder do Mito - Joseph Campbell

Não olhei o preço, mas adorei as orelhas e, principalmente, os comentários que achei na net a esse respeito.
Fala de psicologia, e deve ser ótima dica para escritores de romances e de campanhas de rpg.
Inclusive esse escritor e um outro livro ("As mil faces de um herói") foram inspiração para o Guerra nas Estrelas, mas isso é assunto para outro post.

2. O jardim do diabo - Luís Fernando Veríssimo

Relançamento do primeiro romance desse que deve ser um dos maiores escritores gauchos vivos... Ainda consta na minha lista de aquisições, junto com o Gula (sim, já li mas preciso ter, soui consumista!), poesia numa hora dessas e tantos outros...

3. Book of Vile Darkness

Terrível pegar na mão um livro assim.
A gente despreza, lê sobre ele na net, vê o pdf, acha inutil, mas quando folheia, se perde...

4. D20 Modern

Sim, sim, eu quero.
Não fosse importado, capa dura, 400 e tantas páginas, formato grande ( A4) e mais de 135 reais, eu comprava. Mas por ghora me viro sem...

5. Mafalda

Culpa da renata, mas enfim, achei ótimo.
Definitivamente em Espanhol é muito mais caro (mais que o dobro do valor da mesma versão nacional).
Mas realmente tem muito mais graça!

6. Paro por aqui, meu horário de almoço está terminando e aidna tenho coisas a fazer, mas podia seguir por horas listando possíveis aquisições futuras.
Quem sabe se eu ganhar na megasena ou duplicarem meu salário!

.:*:.

Ótima quarta a todos...

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Brasil!

Primeiro, Malvados, que está com uma série boa esta semana...



1."Vou no fast food comprar uma maçã sabor churrasco"





2."Quem não estiver confuso, levante a mão, por favor.





3. "Não falei, Lula? Cú de bêbado não tem dono"




Depois, alguns versos de Gregório de Matos
feitos no século XVII sobre a Bahia
(mas que se aplicariam bem ao país hoje...)
levemente editados (algumas partes eu suprimi)


"Que falta nesta cidade? ... Verdade.
Que mais por sua desonra? ... Honra.
Falta mais que se lhe ponha? ... Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade, onde falta
Verdade, honra, vergonha.

Quem a pôs neste socrócio? ... Negócio.
Quem causa tal perdição? ... Ambição.
E o maior desta loucura? ... Usura.

Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que o perdeu
Negócio, ambição, usura.

(...)

E que justiça a resguarda? ... Bastarda.
É grátis distribuída? ... Vendida.
Que tem, que a todos assusta? ... Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça,
Que anda a justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.

O açúcar já se acabou? ... Baixou.
E o dinheiro se extinguiu? ... Subiu.
Logo já convalesceu? ... Morreu.

À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal lhe cresce,
Baixou, subiu, e morreu.

A Câmara não acode? ... Não pode.
Pois não tem todo o poder? ... Não quer.
É que o governo a convence? ... Não vence.

Quem haverá que tal pense,
Que uma Câmara tão nobre
Por ver-se mísera, e pobre
Não pode, não quer, não vence!"

.:*:.

O que será de nós agora?

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Teste Nerd!!!!

Encontrado no bog da Renata!

I am nerdier than 74% of all people. Are you nerdier? Click here to find out!

Bom final de semana!

Eu estarei em Bento Gonçalves (afinal, é dia dos Pais!), isolado do mundo, acessível apenas via celular!

terça-feira, 9 de agosto de 2005

Malvados + Sarau

Sob o título de:

Um monte de gordos escandalizados com minha barriguinha de chopp...




.:*:.

Sexta teve sarau, foi 10!

Músicas: Canção pra quando você voltar (Leoni), Olhos nos olhos (Chico Buarque, voz de Bethânia), A sua (Marisa Monte), Monte Castelo (Legião Urbana), Forever Young (Rod Stewart), Underneath your clothes (Shakira), Grito de Alerta (Gonzaguinha, voz de Bethânia), Temporada das Flores (Leoni), Quase nada (Zeca Baleiro), My first, my last, my everything (Barry White), Verdade chinesa (Emílio Santiago), It´s too late (Essa não lembro, acho que é Bette Middler), Eleanor Rigby (Beattles) e Tenho sede (Gilberto Gil)

O próximo deve ser melhor (quer dizer, mais animado, será específico!)
São ótimos pra se conhecer músicas, letras, novas bandas e compositoores, enfim.... sem falar dos links que a gente cria!

.:*:.

Boa semana a todos!

quarta-feira, 3 de agosto de 2005

Sarau

Sexta tem Sarau de novo.

Isso me faz passar alguns instantes de cada dia pensando numa música para levar.

Também me faz ouvir o CD do primeiro Sarau que eu fui.
As músicas estavam 10, uma melhor que a outra...

Em especial a versão de Poema (autoria do Cazuza) cantada pelo Ney Matogrosso.
Recomendo:

"Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
(que não tem fim)

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás."

.:*:.

Estudar legislação me deixou com o gostinho que conhecer as leis que regem (ou deviam reger) nosso país dá...

Vontade de ter feito outra coisa da minha vida (em relação a profissão!)
Mas quems abe ainda tenha tempo, e oportundiades!
E se Deus quiser, esse próximo semestre voltarei a ser estudante, de Inglês ou de Espanhol.
Quem sabe...

domingo, 31 de julho de 2005

It's over

Hoje, 14:30 hs, foi o concurso que por mais de duas semanas estava me tirando o sono.

Maçante (enfadonho!?!?!).

10 questões de matemática razoáveis (fiz 7 com certeza absoluta)

10 de informática ridículas (mas acho que errei duas, também, vaio saber em qual menu do word está o bordas e sombreamento...)

30 questões de legislação absurdas, do tipo que pede o númerod a lei que trata de tal assunto, ou se o prazo para correção de ART é de 5 ou 10 dias....

Mas tudo bem.
Amanhã sai o gabarito.
Já sei que fiz o mínimo necessário (furunçando nas leis) pra passar pra fase dois, to com o sorriso nas orelhas!

Obrigado todo mundo pelo apoio, rezas, dicas, torcidas, livros, poligrafos e links!
E boa semana!

quinta-feira, 28 de julho de 2005

muitas coisas...

1° Ontem fomos (Eu, Mari, Gustavo, Cris, Rodrigo *chefe e Karina *chefa) comer fondue no Pub Olaria (no CC Olaria, aqui em Porto Alegre), pra comemorar o casamento dos dois (*chefes).
Nossa. O preço não é dos mais atrativos, mas dá pra se fartar de fondue pra mais de mês.
Recomendo!

2° Ando ouvindo muita música dos anos 80, nestes últimos dias, em especial, David Bowie, Smiths, Cure...
Que absurdo como tem músicas de bandas brasileiras que são adaptações livres ou plágios descarados... assustador. Nenhum de nós, Paralamas, Legião ...

3° Não achei que matemática pudesse ser tão difícil.
Sempre tive muita facilidade com ela, agora que passei 7 anos sem ver e preciso revisar pro concurso do CREA, nossa, to apanhando um bocado.

4° Desacobri que sou um ENTJ (neste teste)

Totalemnte de acordo com minha personalidade!

Como somos energizados
(E) Extroversão

Que tipo de informação nós naturalmente notamos ou lembramos
(N) Intuição

Como tomamos decisões
(T) Pensamento

Como gostamos de organizar o nosso mundo
(J) Julgamento

Aproximadamente 3-5% da população, ENTJs são grandes líderes e tomadores de decisões. Eles facilmente vêem possibilidades em todas as coisas e sentem-se felizes em dirigir os outros na direção da realização das suas visões. São pensadores engenhosos e ótimos planejadores de longo prazo.

Porque ENTJs são tão lógicos e analíticos, eles normalmente são bons em qualquer coisa que requeira raciocínio e inteligência. Compelidos a alcançar competência em tudo o que fazem, eles podem naturalmente identificar as falhas que podem existir em uma situação e ver imediatamente como melhora-la. Eles se esforçam para aperfeiçoar os sistemas em vez de simplesmente aceita-los como são. ENTJs gostam de trabalhar com a resolução de problemas complexos e nunca se sentem desencorajados em sua busca pelo domínio de quaisquer coisas que achem intrigantes. ENTJs valorizam a verdade acima de tudo e são convencidos apenas pelo raciocínio lógico.

Ansiosos em aumentar continuamente a sua base de conhecimento, ENTJs são sistemáticos sobre o planejamento e pesquisa de novos assuntos. Gostam de trabalhar com problemas teóricos complexos e se esforçam na busca do domínio de quaisquer coisas que achem interessantes. Eles estão muito mais interessados nas conseqüências futuras das ações do que nas condições presentes das coisas.

Líderes naturais com um estilo sincero e franco, ENTJs tendem a assumir o comando de qualquer situação na qual se encontrem. Eles são bons organizadores de pessoas porque têm a habilidade de ver adiante e então comunicar sua visão aos outros. Eles tendem a viver segundo um conjunto de regras um tanto rigoroso e esperam que os outros também façam o mesmo. Portanto, eles tendem a ser desafiadores e pressionam os outros tanto quanto pressionam a si mesmos.

Possíveis Aspectos Negativos

Devido ao seu desejo de progredir para o próximo desafio ou em direção ao seu objetivo maior, ENTJs algumas vezes tomam decisões muito precipitadamente. Diminuir o ritmo proporcionará a chance de reunir todos os dados relevantes e considerar ambas as ramificações práticas e pessoais das suas ações. Sua orientação de ação os impele a agir assim que tomam uma decisão em vez de parar para reexaminar seus fatos e as realidades da situação.

Porque ENTJs adotam uma abordagem lógica da vida, eles podem ser duros, francos, impacientes e insensíveis para com as necessidades e sentimentos dos outros quando não vêem a lógica daqueles sentimentos. ENTJs podem ser argumentativos e difíceis de abordar e, com freqüência, não são receptivos ao bom julgamento dos outros. Em vez de ser automaticamente críticos, eles necessitam ouvir as sugestões daqueles a sua volta e expressar a sua apreciação pelas suas contribuições. ENTJs necessitam fazer um esforço consciente - de fato fazer disso uma regra - parar e ouvir os outros antes de disparar para frente com as suas próprias idéias e assim evitar agir de uma forma dominadora e ditatorial.
A abordagem impessoal dos ENTJs para com a vida permite pouco tempo, tolerância ou compaixão pelas emoções, mesmo as suas próprias. Quando eles permitem que seus sentimentos passem despercebidos ou não expressados, eles podem se encontrar reagindo emocionalmente de forma excessiva. Eles são particularmente predispostos a isso se percebem alguém que esteja questionando a sua competência, especialmente alguém a quem respeitam. Eles podem ter reações explosivas a situações aparentemente insignificantes, e estas erupções podem ser dolorosas para aqueles próximos a eles. ENTJs são mais efetivos e felizes quando se permitem ter mais tempo para considerar e entender como eles realmente sentem. Dar às suas emoções uma válvula de escape construtiva, em vez de permitir que assumam o controle de suas personalidades, permitirá que permaneçam mais plenamente em controle, uma posição que apreciam e pela qual lutam. Surpreendentemente, ENTJs podem na verdade ser menos experientes e competentes do que o seu estilo confiante pode indicar. Eles aumentarão seu poder pessoal e grau de sucesso se permitirem a si mesmos que recebam alguma ajuda sensata e valiosa dos outros.

quinta-feira, 21 de julho de 2005

Programação

boa para o final de semana...



Ainda não sei se vai dar, mas bem que eu gostaria...

terça-feira, 19 de julho de 2005

Long time ago....

Dias e dias sem postar
Motivo?
Uma gripe que me tirou de circulação.
Do trabalho e da internet.
Preferi ficar de molho na cama, dormindo mesmo, pra aguentar as dores pelo corpo e na cabeça.
Sem falar de umas pequenas reformas que fiz no apê e tomaram tempo.
E de um trabalhinho que ocupou todo meu tempo à frente do micro.

E isso é bom.
Mais e mais coisas pra fazer.
Mais e mais oportunidades aparecendo.
haja espaço na agenda...

.:*:.

No final do mês tenho um concurso pra fazer.
Comecei finalmente a estudar.
Será que alguém tem um livro de matemática do segundo grau pra emprestar? =)

Boa semana a todos.
Assim que der eu volto com novidades.
E não percam os malvados. Na última semana teve uma novela bem interessante por lá!
(ok, o post não foi assim útil, mas preciso de um desconto em função da gripe)

segunda-feira, 11 de julho de 2005

Nunca mais.

Como todo mundo que lê meu blog deve saber, sou depressivo e tenho mania de viver o sofrimento antecipadamente.

Passei esses últimos anos da minha vida assim, talvez porque as coisas tenham saído diferente do que eu queria, talvez por outros motivos.

Depois de tudo isso, andei refletindo muito nesses últimos dias, analisando muitas pessoas que cruzaram minha vida, outras que já estavam nela a muito tempo, e vendo como meu comportamento - apesar de não ser errado - me faz mal.

Sim, algumas vezes ele faz o papel de luta pela sobrevivência. Me protege contra algumas adversidades que eu não suportaria, ou contra coisas que eu prefiro não enfrentar, mas no geral me faz mal.

Estou, em vista disso, aderindo (ou tentando, ao menos) ao viva o hoje e esqueça do amanhã.
e faça da vida hoje um lugar melhor.

Depois de ler um pedaço daquele livro utopia e paixão (pedaço pequeno mesmo) que dizia mais ou menos que "os sonhadores colocam sempre a felicidade no amanhã e por isso não conseguem ser felizes hoje, nem nunca", vou aderir a comunidade do orkut que manda ligar o "foda-se" e ser feliz.

Misturando o "quem está na chuva é rpa se molhar" com o mote de Batman (que vi na semana passada e é show!) do "Por que caímos?", estou a mais de uma semana só pensando positivo:

Comprei várias coisas pro meu apartamento, roupas novas, estou lendo muito, ouvindo muita musica boa, me divertindo muito com a Eve e transformando as obrigações chatas em explorações divertidas do universo humano.
Minha auto-estima já transbordou, estou bem com minha família, com a Mari, com os amigos, comigo mesmo acima de tudo.

Seja o que Deus quiser, e espero colocar coisas mais úteis e atraentes aqui.
Abraço e boa semana a todos!

segunda-feira, 4 de julho de 2005

Post light

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Sarau

Sábado participei dum Sarau Musical.
Cada pessoa apresentava uma letra de música, dando seus motivos para tal, interpretando e discutindo a respeito.

Um ótimo programa pra se fazer.

Curioso. É a primeira vez que participo de algo assim, e fico me perguntando porque não participei antes.
Nota mental: promover, de quando em quando, algo nesse estilo lá em casa.

Já tinhamos pensado num dia pra se fomentar conspirações, reunir os amigos bitolados (Carlos, Carlos!!!), textos, depoimentos, filmes, e viagens no estilo.

Poderia ser divertido (sim, já tranformamos um jantar nisso e ficamos até alta madrugada falando bobagem, rindo e tomando sustos com barulhos inexperados pelo apartamento...)

Essas pequenas coisas definitivamente fazem a vida melhor.

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Guerra dos Mundos

O filme foi bom.
Como disse a Renata, foi dã (hehe, adorei essa definição!).
Mas ao mesmo tempo, muuuuuitos efeitos, muita viagem, muita pressão.
Acho que em metade do tempo preferia não estar ali, assistindo.
Esse tipo de filme é cansativo demais, não ajuda em nada a desopilar, não era bem o que eu precisava na sexta.

Mas ao menos pude ver o trailer de "A fantastica fábrica de chocolates", do "King Kong" e do Quarteto Fantástico"

Sim, os primeiros são mais remakes.
Mas vou ser obrigado a ver, pela minha curiosidade..
Sem falar que são clássicos.

E o último entra na linha Marvel, e como sou fã da marvel desde guri, vou ver com certeza!
Adorei os trailers.

O Johnny Depp vaie star fantástico no papel de Willy Wonka.

E essa semana espero poder ver Batman Begins

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Boa semana a todos.

quarta-feira, 29 de junho de 2005

O que eu não queria...

A gente nasce.
Vive alguns anos de uma infância doce.
Uma infância que, mesmo recheada de dificuldades, de tristezas, de um pouco de sofrimento, sempre será doce na memória, sempre será saudosa, pois apenas as memórias boas ficam realmente gravadas na pedra.

Disso me lembro bem. De todos os sonhos que tinha.
Tudo que queria ser quando eu crescesse.

Toda a magia que envolvia as escolhas, que envolvia as profissões que viamos no dia a dia e que eram tão fascinantes. Ou talvez parecessem fascinantes para uma criança de menos de 10 anos de idade.

O tempo foi passando, as escolhas mudando, as opções ficando mais escassas.
Mas os sonhos sempre eram épicos.

Queria ser grande. Queria ser importante.
De preferência mudar o mundo, gravar meu nome na história, deixar algo que transformasse a vida das pessoas.

Hoje, se não todo, ao menos um grande percentual dessa magia se dissipou.
Alguém pode dizer que eu sou o problema.
Que eu não sei mais ver o encanto das coisas. Que perdi a habilidade de seguir confiante em coisas que eu não vejo, não sinto, mas que de alguma maneira fariam meu mundo melhor.

E definitivamente eu não creio.

Nada que anos de calejamento e sofrimento e sacrifício pessoal não façam.
Por isso talvez eu tenha esses momentos de decepção com a vida.
Decepção com o estado das coisas.

Não consigo olhar pro futuro e acreditar que ele possa ser muito generoso comigo.
Até alguns dias atrás, eu acreditei. Mesmo quando tudo batia de frente. Sempre tive a visão positiva das coisas. Sempre tive esperança de que tudo podia dar certo, que as adversidades deviam ser previstas, mas que elas nunca iam me derrubar completamente.

Hoje já não sei. Já desisti de acreditar.
Hoje já deixei o tempo e o mundo mudar meus sonhos.
Já vi que todo esse esforço nem sempre vale a pena.
Ou talvez, nem por tudo ele valha a pena.

Outra herança da minha infância (e talvez da minha criação, e minhas experiências):
Sempre procurei ser a melhor pessoa possível com os outros.
Ainda acho isso certo. Porque é o que eu espero que as pessoas sejam comigo. Prefiria ter a iniciativa de ser legal pra depois esperar que as pessoas sejam legais comigo.
Costumava funcionar.

Agora me vejo formulando listas de gente que não vale a pena.
Gente que por mais que seinvista, ajude, seja generoso e legal, nunca são capazes de fazer nada pelos outros. Porque tudo que elas pensam é no próprio umbigo. Não estão ligando muito se o mundo todo desanda, pois não tem noção de que tudo que construímos aqui, construímos pra todos. E o que destruímos, perdemos pra sempre.

Isso me preocupa.

Agora olho no espelho, e descubro que não tive muito controle sobre a minha vida.
Que provavelmente não vou ter.
E que, além de não concretizar nenhum dos meus sonhos doces da infância, talvez ainda esteja me tornando algo que eu, definitivmanete, não queria ser.

quarta-feira, 22 de junho de 2005

Mensagem do Limbo.

O lugar é amplo.
Caótico, mas amplo.
Enevoado.
Todo branco.
E vazio.
Pensamentos mudam a paisagem, como se fossem desejos.
Ou como se estivessemos dentro de nossa imaginação.
Pode-se estar onde se quer.
Pode-se ter o que se quer.
Pode-se viver o momento que se quer.
E no entanto, não se quer nada.
Porque o vazio toma conta da mente.
Toma conta da vontade.
O desejo (vazio) é adormecer eternamente,
Um sono sem sonhos, quente, aconchegante.
Esquecer o despertar frio,
Esquecer os sofrimentos,
Esquecer mesmo as alegrias.
Hibernar. Dias. Semanas. Anos.
E retornar pra ver no que o mundo se tornou.
Porque como está hoje...
Melhor o Limbo.

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Pozeh, estou no limbo
Por isso as poucas palavras
Trabalho das 8 às 18 no escritório
e das 20 as 2 (em média) em casa

As olheiras estão começando a aparecer
Espero que a gripe não me pegue de novo
E que o frio seja piedoso, pois não tenho estufa

A Eve me faz companhia
Dorme numa almofada do lado do computador
Ela está terrível
Apronta sempre que fica sozinha
Apesar de fazer tudo certo quando estou em casa
Mas ela carrega meus pensamentos ruins pra longe

Queria poder parar o tempo
Por vários dias
Queria dormir sem despertador
e poder jogar a caixa de lenços fora
Comer a comida da minha mãe
E ir ao parque tomar sol no domingo

Ler um livro bom com as pernas pro ar.
Ouvindo música.

Quem sabe em algumas semanas.

.:*:.

Porque as pessoas são tão moles?
Ou será que eu sou rígido demais?

Talvez...

quinta-feira, 16 de junho de 2005

Corrente do Bem (c)

* inspirado no post de ontem do Blog da Renata

É uma corrente dessas que rodam por mail, mas é criativa, e sobre livros, algo que sempre vale muito a pena (ainda mais pra quem é dependente literário)

.:*:.

1. Que livro quererias ser?

Essa é bem difícil. Pensei em Luís Fernando Veríssimo (Comédias da vida privada? Gula?), em meia dúzia de poetas (Quintana, Vinícius, Drummond, Cecília, Haroldo...), em livros de contos, de ficção, de fantasia... Mas acho que o mais completo, depois de tudo que vivi até aqui, é o "The Soulforged".

Sei que pouca gente conhece, mas é um livro que fala de um dos personagens que eu mais gosto em Dragonlance, Raistlin Majere, e conta toda a saga que o leva a ser uma das figuras mais impressionantes e importantes de todo o cenário.

O título se deve a uma comparação que é feita durante o livro: a alma é uma espada, que é levada voluntariamente ao fogo da vida e onde cada dificuldade é uma martelada no processo da forja. Se a alma resistir a todas as dificuldades sem quebrar, o resultado será uma lâmina afiada, e pronta para o uso.

Me identifico muito isso.

.:*:.

2. Já alguma vez ficaste caidinho(a) por um personagem de ficção?

Tah, como a Renata disse, a pergunta é um tanto exagerada.
Mas sim. Algumas vezes na verdade.
Particularmente, adoro as personagens das Crônicas de Dragonlance (tah, são muitos livros, eu tenho uns 20 e poucos...). Usha, Crisânia, Goldmoon...
Mas acho que quem me nocauteou mesmo foi a Laurana.

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3. Qual foi o último livro que compraste?

Bah, faz um tempo que não compro nada (será? não lembro!!)
Mas acho que foi o "Digital fortress", do Dan Brown (ou um de tarot, sem certeza.. =)

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4. Que livros estás lendo?

Elminster in Hell - Ed Greenwood. A alguns meses...
Almanaque anos 80 - Luiz André Alzer e Mariana Claudino. Ótimo...
Antologia Poética - Vinícius de Moraes

Todos salpicados...

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5. Que cinco livros levarias para uma ilha deserta?

- Dragonlance Legends (War of the twins, Time of the twins, Test of the twins) - Margareth Weis e Tracy Hickman

- Raistlin Chronicles (Brothers in Arms e The Soulforged) - Margareth Weis e Tracy Hickman
(nesses dois titulos, roubando feio, já levei os 5 livros... mas considerando que cada livro é de bolso e contém uma história incompleta, vamos a mais 3:)

-Um livro de crônicas do Luís Fernando Veríssimo, de preferência bem grosso, como o último Comédias da Vida Privada

-Incidente em Antares (ok, só um do Érico é pouco, mas esse é um dos que mais gostei!)

-Algum de poesia, de preferência uma dessas coletâneas, com poemas selecionados.

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6. A quem vais passar esta corrente e por quê?

A quem ler este post. Porque a Renata começou!

.:*:.

Obs.:Fui uma overdose de Dragonlance.
Pozeh. Definitivamente os melhores livros que já li são sobre isso.
Preciso diversificar =)

quarta-feira, 15 de junho de 2005

Manifesto contra o mundo...

Nestes tempos difídeis as coisas andam fora de controle.
O custo de vida tem subido descaradamente.
Cada mês me apavoro mais, não sei onde tudo isso vai parar.
Os preços dos bens de consumo sobem. Os serviços ficam mais caros.

E Porto Alegre deve ser top em custo de vida.

Qualquer dia abro falência....

Saudades da infância quando nenhuma dessas preocupações me afetavam
Quando a vida era azul. E doce.
E o sofrimento passava despercebido.

E o peso das escolhas cada vez aumenta mais.
é a vida....

O pior é que sempre achei triste a situação trabalhar-para-ter-o-que-comer-hoje-e-nada-mais.

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Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?

A gente não quer só comida,
A gente comida, diversão e arte
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte,

A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer

A gente não quer só comer,
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor

A gente não quer só dinheiro,
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer inteiro e não pela metade

Necessidade e vontade
Necessidade e desejo
Necessidade e vontade
Necessidade e desejo
Necessidade e vontade

Refrões de Comida - Titãs

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Mas a vida segue.

terça-feira, 14 de junho de 2005

de uma mente sem lembranças...

"Constantly talking isn't necessarily communicating."

"Valentine's Day is a holiday invented by greeting card companies to make people feel like crap."

"Why do I fall in love with every woman I see who shows me the least bit of attention?"

"I could die right now, Clem.
I'm just... happy.
I've never felt that before.
I'm just exactly where I want to be."

"Can you hear me? I don't want this anymore! I want to call it off! "

"How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd..."

Se alguém tiver mais.... me mande.

*ainda compro o special set do dvd...

segunda-feira, 13 de junho de 2005

Cavalgada das Valkirias

Nada mais difícil do que suportar a dor da perda.

Esse final de semana, mais uma pessoa querida e próxima nos deixou.
D. Isis, a vó da Mari.

Que os anjos a levem direto aos braços de Deus.
Era onde certamente ela gostaria de estar, e de onde vai olhar por todos os que ficaram por aqui.

sexta-feira, 10 de junho de 2005

Da série novela das oito é tudo igual....

...e sempre apela o máximo possível, os quadrinhos malvados de hoje:

Entrem na campanha "Jatobá bom é jatobá mudo"...



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Aproveitando a deixa:

A televisão brasileira está cada vez pior.
Definitivamente estou precisando de dicas sobre o que ver na tevê aberta que não provoque nauseas, vômitos e cefaléia.

Domingo foi um dia trash, ficamos trocando de canal entre o Gugu, o Faustão, o Netinho...
Deus, oh Deus...
será que sou só eu?
ou há mais pessoas revoltados com a programação de final de semana?
(leia-se: a população é tão ignorante que assiste a isso sem reclamar?)

Fico indignado.

Talvez por isso não tenha o menor costume de ligar o dito aparelho em finais de semana, e sempre que possível faça alguma cosia diferente com meu tempo, mas sempre existem dias frios, dias impróprios pra se sair de casa, dias de trabalho...

E durante a semana?
Fora alguns poucos programas específicos, é tudo porcaria.
Se eu não fosse um pobre arquiteto que se mata pra sobreviver (as contas cada dias mais altas) eu pagava uma assinatura a cabo.
O inconveniente é que eu dormiria menos e aproveitaria menos o sol de final de semana... ous eja, que bom que dinheiro não dá em árvore.

Mas ainda assim fico com pena de toda aquela massa que fica vidrada em frente à telinha.
Definitivamente ver tv no Brasil emburrece. Muito.

terça-feira, 7 de junho de 2005

Gula...

Pecado. Ânsia. Instinto.

Incrível como o Luís Fernando Veríssimo é fácil de ler, não dói, surpreende e fascina.

Acabei de ler o "Gula - o Clube dos Anjos", que a Renata me emprestou.

"Guardem esse momento. Um dia nos lembraremos dele e diremos: foi nosso melhor momento. compararemos outros momentos das nossas vidas com ele e diremos que nunca mais fomos assim, exatamente assim. Nos saciaremos de novo, por certo, pois essa é a benção do apetite. Não é todo o dia que se quer ver um pastoso Van Gogh ou ouvir uma crocante fuga de Bach, ou amar uma suculenta mulher, mas todos os dias se quer comer, a fome é um desejo reincidente, é o único desejo reincidente, pois a visão acaba, a audição acaba, o sexo acaba, o poder acaba mas a fome continua, e se um fastio de ravel é para sempre, um fastio de pastel não dura um dia"

Agora vou procurar por outros títulos dele, como "O jardim do Diabo" e "Borges e os orangotangos eternos".

Ler definitivamente é uma das minhas maiores paixões.

segunda-feira, 6 de junho de 2005

Cheguei tarde (do banco), e meu horáriod e almoço já está acabando...
Mas queria postar!
então jogo um malvados aqui, e de noite completo!



E boa semana a todos!

terça-feira, 31 de maio de 2005

Trocam-se Idéias Diversas

............................

Um provérbio (que a me passou pela net a algum tempo...)

"Se dois homens vêm andando por uma estrada,
cada um carregando um pão e, ao se encontrarem,
trocam os pães, cada homem vai embora com um único pão...

Porém, se dois homens vêm andando por uma estrada
cada um carregando uma idéia e, ao se encontrarem,
eles trocam as idéias, cada homem vai embora com duas."

............................

Será que em algum lugar da net existe o Galáxias (do Haroldo de Campos) completo??

"e começo aqui e meço aqui este começo e recomeço e remeço e arremesso e aqui me meço quando se vive sob a espécie da viagem o que importa não é a viagem mas o começo da por isso meço por isso começo escrever mil páginas escrever milumapáginas para acabar com a escritura para começar com a escritura para acabarcomeçar com a escritura por isso recomeço por isso arremeço por isso teço escrever sobre escrever é o futuro do escrever sobrescrevo sobrescravo em miluminoites milumapáginas ou uma página em uma noite que é o mesmo noites e páginas mesmam ensimesmam onde o fim é o começo"
(...)

..............................

Uma frase do célebre Luís Fernando Veríssimo

" A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna"

..............................

E por fim, um pema, do livro que acabei de ler hoje...


Poema de Natal
Vinícius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para acolher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio

Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação na poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

segunda-feira, 30 de maio de 2005

Outra segunda feira.
Dessa vez, uma segunda feira renovadora.
Maio está ficando pra trás (isso me lembra a música do kid abelha)
E com isso mais mudanças e mais novidades.
É engraçado olhar pro passado e me deparar com cenas diferentes da realidade atual.
É como se a cada dia eu dexasse de existir e desse lugar a uma outra pessoa.
Parecida, mas ao mesmo tempo, diferente.

A vida está cada dia diferente.
As prioridades mudam.
As seguranças e inseguranças. O humor.
Engraçado a carga que se adquire em conversar com outras pessoas.
Em ler blogs alheios, relatos de outras pessoas, livros.
Em simplesmente conviver.

E talvez o melhor (ou será pior?)
Ainda tem um infinito de coisas, que não gosto, pra mudar.
Mas hoje sinto isso como um incentivo pra briga.
Que bom.
Talvez outro dia eu veja como barreiras.
O importante, é nunca deixar de acreditar.
Em nós mesmos, em deus, na vida.

Abraços, e boa semana.

.:*:.

Emergência
Mario Quintana

Quem faz um poema abre a janela.
Respira, tu que estás numa cela
abafada
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas tem ritmo
- para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.

sexta-feira, 27 de maio de 2005

Um adendo...

Enquanto posto esse aviso, ela repousa calmamente no meu colo, adormecida.
É uma das criaturinhas mais lindas que eu já vi.
Agora é cuidar bem e fazer ela (e ser junto) feliz.
"Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo."

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Drummond é fantástico.

Esse foi tirado do livro de poesias que o Gil me emprestou.

.:*:.

Acho que vou pegar uma cachorrinha pra morar comigo.
Estão dando aqui perto do escritório.

Linda, minuscula, tão frágil e tão encantadora.

Penso em tudo que muda se ela for lá pra casa, mas aquele olhar baixo, meigo, aquelas patas frágeis tentando brincar com meus dedos que passavam pela grade da gaiola...

Sempre quis um cachorrinho.
Quando criança, meu pai não gostava.
Agora que eu tenho a minha casa, fico pensando no lado prático e tolhindo a vontade.
Não sei.
Deixei na mão do destino, acho.
Se a noite cair e ela aidna estiver lá, levo comigo...

Abraços, e bom final de semana.

terça-feira, 24 de maio de 2005

horário de almoço.
Pouca inspiração.

Ficamos com os malvados...



E boa semana (eu volto, breve...)

quarta-feira, 18 de maio de 2005

Estou grogue de sono.
Talvez isso seja bom.

Este é um dos dois momentos em que minha mente viaja muito, a ponto de abstrair as coisas mais terrenas (ou se apegar ao máximo nelas) e chegar a idéias, concepções e conclusões totalmente doidas.
Ou totalmente certas.

O outro momento, é quando eu caminho sozinho (em geral, volto pra casa desde o escritório).

Pode parecer estranho, mas quando isso acontece minhas idéias fluem de um jeito diferente. Nem quando deito à noite - com insônia - e fico olhando os pontos de luz no teto do quarto (que escapam pelas frestas da persiana) eu consigo ir tão longe.

Porque nessas horas de vôo (de sono ou de caminhada e solidão), posso analisar milhares de possibilidades de passado, presente e futuro (mais passado e futuro que presente ...).
Ver milhares de variações pra cada ação que eu venha a tomar nas próximas vinte e quatro horas.
E ainda, hipóteses geradas por acontecimentos fantásticos, coisas de sonho, vontades pouco lúcidas de que algum milagre aconteça e transforme essa vida (como o Tiago me disse hoje) "medíocre" em algo que realmente valha a pena, que seja mais do que está sendo, que passe de um balanço entre bem e mal e vire apenas alegria.

E depois percebo que foram apenas divagações.
E em geral, depois desses momentos de euforia ou conflito, vêm um pouco de depressão.
Mas depressão é bom.
Sem ela não daria pra saborear a alegria e a euforia com tanta precisão, e tanto gosto.

Será que uma vida medíocre é algo bom?
Será que alguém sonha com isso?
Nem muitos altos, nem muitos baixos... Equilíbrio...

Dizem que Deus (ou outra força acima de nós, pra quem não acredita num Deus de barbas brancas) dá o frio conforme o cobertor.
É uma lógica tola, porque assim os mais fortes, os mais fiéis, os mais aptos, seriam os menos recompensados.

Mas ai vem alguém e diz que minhas reclamações da vida são exageradas, que quando as pessoas sofrem desgraças de menos elas se acostumam a achar pouco da boa sorte que têm.

E no fim, tudo não passa de um belo engodo pra que todos se sintam bem do jeito que são (mesmo buscando mais!).
Ao menos bem o suficiente pra não desistir e abrir mão de tudo, abrir mão da vida.

Não, não sou suicida (apesar de várias vezes ter comentado ou registrado isso...)
Acho que sou apegado demais a esse plano - talvez por não crer (ter confirmação de) que exista continuação além dele - pra perder a oportunidade de provar certas coisas antes de partir.

Mas às vezes me pergunto se todas as besteiras, todas as escolhas erradas que fiz e que me levaram a lugares em que eu não quero estar e que mal suporto, ainda terão algum conserto.

E estranhamente tudo que me vêm à cabeça agora, são versos da Legião Urbana.

"Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor"

"Eu nem sei porque me sinto assim

Vem de repente, um anjo triste perto de mim"

"Mas não me diga isso

É só hoje e isso passa...
Só me deixe aqui quieto
Isso passa...
Amanhã é um outro dia, não é?"

É. Amanhã é outro dia.
Acho que preciso dormir.
Aproveitem bem seu dia.
Como se fosse o último.
Sempre!

sábado, 14 de maio de 2005

Em 09 de Novembro de 2003, eu postei no Ócios do Ofício alguns tópicos do MANIFESTO (INCOMPLETO) PELO CRESCIMENTO (Ou "quarenta e três breves indicações para se viver no século XXI com a mente livre e aberta"). Naquele dia, sem vontade de digitar tudo, acabei mandando apenas alguns tópicos. Eis que, nesta quinta feira (dia 12) eu fazia faxina nuns papéis da faculdade e reencontrei meu original (a tradução não é minha, mas retoquei algumas partes...), então, afivelem-se bem nas cadeiras!

É longo, mas vale a pena, existem vários tópicos que definitivamente fariam a vida melhor.

O Original (em inglês) foi publicado na revista Domus No. 822 (de 1998) por Bruce Mau , e se encontra no site da BDM Design

1. Permita-se modificar pelas experiências. Você deve estar disposto a crescer. Crescimento é diferente de algo que simplesmente acontece com você. Você o produz. Você o vive. Pré-requisitos para o crescimento: abertura para viver novas experiências e disposição para ser modificado por elas.

2. Esqueça-se do BOM. BOM é uma quantidade conhecida. BOM é aquilo com que todos concordamos. O crescimento não é, necessariamente, BOM. O crescimento é uma exploração dos recessos obscuros que podem se mostrar próprios, ou não, para a nossa experiência. Enquanto você se prende ao BOM, nunca terá o verdadeiro conhecimento.

3. O processo é mais importante que o resultado. Quando o resultado dirige o processo, chegamos apenas a lugares onde já estivemos. Se o processo dirige o resultado, podemos não saber para onde estamos indo, mas saberemos que queremos estar lá.

4. Ame suas experiências (como você amaria uma criancinha feia). A alegria é o mecanismo do crescimento. Explore sua liberdade fazendo do seu trabalho belas experiências, repetições, tentativas e erros. Aprenda a ver além, e permita-se divertir com o fracasso todos os dias.

5. "Vá fundo". Quanto mais fundo você for, mais provavelmente encontrará algo de valor.

6. Armazene os "erros". A resposta errada é a resposta certa a procura de uma pergunta diferente. Armazene respostas erradas como parte do processo. Faça perguntas diferentes.

7. Estude. Use a necessidade de produzir como desculpa para estudar. Todos se Beneficiam.

8. "Ande por aí". Permita-se vagar sem rumo. Explore as adjacências. Faça menos julgamentos. Adie a crítica.

9. Comece por qualquer lugar. John Cage ensina que não saber por onde começar é uma forma de paralisia. Seu conselho: comece por qualquer lugar.

10. Qualquer um pode ser líder. O crescimento acontece. Quando acontecer, permita que se manifeste. Aprenda a seguir quando for a coisa certa a fazer. Permita a qualquer um ser líder.

11. Colha idéias, edite aplicações. As idéias precisam de um ambiente dinâmico, fluido, generoso, a fim de se manterem vivas. As aplicações, por outro lado, beneficiam-se de rigor crítico. Estabeleça uma proporção alta de idéias por aplicação.

12. Mantenha-se em movimento. O mercado e suas operações têm a tendência de reforçar o sucesso. Resista a isso. Permita que o fracasso e a migração sejam parte de sua rotina profissional.

13. Vá devagar. Abandone a sincronia com as contagens de tempo tradicionais, e oportunidades surpreendentes podem se apresentar.

14. Não "fique na sua". "Ficar na sua" é vestir o medo conservador como um "pretinho básico". Liberte-se dessa natureza.

15. Faça perguntas bobas. O crescimento é alimentado por desejo e inocência.
Valorize a resposta, não a pergunta. Imagine-se aprendendo ao longo da vida na mesma proporção que uma criança.

16. Colabore. O espaço onde as pessoas trabalham juntas é cheio de conflito, tensão, rivalidade, hilaridade, alegria e vasto potencial criativo.

17. ............ Deixe um espaço vago intencionalmente. Deixe uma vaga para as idéias que você não teve, ou para as idéias dos outros.

18. Fique acordado até tarde. Coisas estranhas acontecem quando você vai muito longe, fica muito tempo acordado, trabalha demais e se separa do resto do mundo.

19. Trabalhe a metáfora. Todo objeto tem a capacidade de representar algo além daquilo que é aparente. Trabalhe no que ele representa.

20. Seja cuidadoso ao assumir riscos. O tempo é genérico. O hoje é filho do ontem e pai do amanhã. O trabalho que você faz hoje vai criar seu futuro.

21. Repita-se. Se você gostou, faça de novo. Se você não gostou, faça de novo.

22. Faça suas próprias ferramentas. Misture suas ferramentas afim de criar peças únicas.
Mesmo as mais simples ferramentas que você possua podem abrir grandes horizontes. Lembre-se: as ferramentas ampliam nossas capacidades de tal maneira que mesmo a menor delas pode fazer uma grande diferença.

23. Suba nos ombros de alguém. Podemos ir mais longe se levados pelas conquistas daqueles que vieram antes de nós. E a vista é bem melhor.

24. Evite programas de computador. O problema dos programas de computador é que todos os têm.

25. Não limpe sua mesa de trabalho. Você pode encontrar pela manhã algo que você não viu à noite.

26. Não participe de concursos. Apenas não faça isso. Não é bom para você.

27. Leia apenas as páginas ímpares. Marshall McLuhan fazia isso. Diminuindo a quantidade de informação, deixamos espaço para aquilo que ele chama de "cérebro".

28. Crie palavras. Expanda teu léxico. As novas condições demandam uma nova forma de pensamento. O pensamento demanda novas formas de expressão. A expressão gera novas condições.

29. Pense com sua mente. Esqueça a tecnologia. O criativo não é dependente de equipamentos.

30. Organização = liberdade. Verdadeiras inovações em design, ou em qualquer outro campo, acontecem dentro de um contexto. Esse contexto é, geralmente, alguma forma de empreendimento administrado cooperativamente. Frank Gehry, por exemplo, somente pôde realizar o Guggenheim de Bilbao porque sua equipe desenvolveu o projeto dentro do orçamento.
O mito da separação entre criatividade e adequabilidade é o que Leonard Cohen chama de "charmoso artefato do passado".

31. Não tome dinheiro emprestado. Mais uma vez, conselho de Frank Gehry.
Mantendo o controle financeiro, mantemos o controle criativo. Não é exatamente uma ciência exata, mas surpreendem a dificuldade de manter essa disciplina e o numero dos que falharam.

32. Escute atentamente. Cada colaborador que entra em nossa órbita traz consigo um mundo mais estranho e complexo do que qualquer coisa que pudéssemos imaginar. Ouvindo aos detalhes e às sutilezas de suas necessidades, desejos e ambições é que inserimos o mundo deles no nosso. (depois disso) as partes nunca mais serão as mesmas.

33. Faça visitas a campo. O mundo real é muito mais interessante do que aquilo que você vê na tela da sua TV, na Internet, ou mesmo em um ambiente simulado em computador totalmente imersivo, interativo e com gráficos em tempo real.

34. Cometa erros mais depressa (que os outros). Não é idéia minha ? tomei emprestada. Acho que pertence a Andy Grove. (Não é uma idéia original, mas é bom se for aprender com esses erros.)

35. Imite. Não tenha vergonha disso. Tente se aproximar ao máximo que você puder (do original). Você nunca chegará lá, e a diferença poderá ser verdadeiramente notável. Temos apenas que olhar para a versão de Richard Hamilton dos grandes óculos de Marcel Duchamp para ver quão rica, desacreditada e subtilizada a imitação é como técnica.

36. Improvise. Quando você esquecer as palavras, faça o que Ella (Fitzgerald) fazia: invente alguma outra coisa. Talvez sem palavras.

37. Quebre, estique, dobre, esmague.

38. Explore o outro extremo. Existe grande liberdade quando não se tenta correr com o "fardo tecnológico" (sobre os ombros). Não podemos saber quem está na liderança, porque este também já ficou pra trás. Tente usar antigas tecnologias, equipamentos tornados obsoletos por um ciclo econômico mas que ainda tem potencial.

39. Pausas para café, viagens de táxi, salas de espera. Freqüentemente o verdadeiro crescimento não ocorre onde o prevemos. (ocorre) nos "espaços intersticiais" o que o Dr. Seuss chama de "áreas de espera". Hans Ulrich Obrist, curador de exibições em Paris, uma vez organizou uma mostra de ciência e arte com toda a infraestrutura de uma conferência (festas, seminários, almoços, recepções em aeroportos) mas sem uma conferência de verdade. Aparentemente, foi um grande sucesso e gerou muitas colaborações futuras.

40. Cruze os campos, pule as cercas. Limites disciplinares e regimes regulatórios são tentativas de controlar a impulsividade da vida criativa. Eles são, freqüentemente, esforços compreensíveis de ordenar os processos evolutivos mais complexos. Nosso trabalho é pular as cercas e cruzar os campos.

41. Ria. As pessoas que visitam o estúdio freqüentemente comentam que rimos muito. Desde que me tornei ciente disso, uso o riso como um barômetro para medir o quão confortavelmente estamos nos expressando.

42. Lembre-se (do passado)! O crescimento só é possível como produto da História.
Sem a memória, as inovações são meras novidades. A História dá uma direção ao crescimento. Mas uma memória nunca é perfeita. Cada memória é uma imagem degradada ou composta de um momento ou evento do passado. É isso que nos faz cientes de sua qualidade de passado, e não de presente. O que significa que cada memória é nova, é uma parte construída diferentemente de sua fonte e, como tal, potencial para ao próprio crescimento.

43. "Poder para o povo". O jogo somente pode acontecer quando as pessoas sentem que têm controle sobre suas vidas. Não podemos ser agentes da liberdade se não formos livres.