domingo, 29 de fevereiro de 2004

*Explicações*

Faz um tempo que não escrevo aqui. Muito tempo.
Não é simples ter inspiração pra se falar alguma coisa razoável, que não faça as pessoas pensarem: "afinal, porque eu ainda leio isso aqui?"
E ultimamente tenho me sentido muito, muito vazio.

Estou gripado, em casa a uns 3 dias sem sair, sem fazer muita coisa que valha a pena, a não ser ler, e ver filmes... e pensar também, vasculhar a parte sombria da mente em busca de idéias que me deixem deprimido.

Antes que alguém reclame disso, não é algo voluntário, mas acontece. Acho que essa situação de estar doente, sem muito contato com o resto do mundo, estar sozinho, deixa a gente meio down.

Logo agora que eu queria estar aproveitando 100% dos meus dias, fazendo tudo aquilo que não fazia antes, ficar de molho em casa é muito, muito chato. Tudo bem, eu estou melhorando rápido, creio que nesta segunda feira já volte ao “normal”.

Isso me lembra de uma lei urbanística. Na verdade, acho que chega a ser mais ampla (e que apenas é utilizada pelo urbanismo): “Quando se sujeita um determinado sistema a mudanças temporárias, esse sistema jamais voltará integralmente ao estado inicial”.

Ou seja, quando a gente (ou as cidades, ou as “coisas”) passa por processos de mudança temporária, onde novas experiências são adicionadas, isso provoca alterações profundas o suficiente para que não se possa mais retomar o início. É a experiência, adicionada a “tábua rasa” que é o ser humano sem a cultura.

O que significa tudo isso? Bom, nesses 3 dias de ócio forçado, algumas coisas se iluminaram na minha cabeça (hehe, dito assim até parece que foi uma experiência religiosa).
Isso tudo a ponto de me fazer reavaliar atitudes que eu tomei no passado, planos que eu tinha em mente, e até mais do que isso, mas seria complicado demais explicar.

Olhando agora pra esse texto todo, já perco a vontade de publica-lo no blog.
Droga... tudo bem, aproveitando o momento de melancolia, já aviso que o ÓCIOS DO OFÍCIO vai mudar. Não sei exatamente quando, nem como, mas quero trocar layout, postura, finalidade... torçam para que dê certo.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2004

CArnaval.

Festa, fantasia, alegria, comemoração.
Claro que tem toda a ala triste da festa, a ala negativa, mas isso não merece muito comentário, apesar de ser real.

Vou passar o carnaval em Bento, descansando, com a família.
Espero retornar à capital ainda na segunda, depois de resolver uns assuntos pendentes.

Portanto, estarei meio sumido (bem, inteiramente sumido, não muito diferente dessa última semana).

No mais, pretendo voltar e fazer um novo layout (na real, um layout, pq isso aqui não é algo que se possa chamar exatamente de layout).

Abraço e ótimo carnaval a todos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais..
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz quem sabe?
Eu só levo a certeza do que muito pouco eu sei..
E nada sei..


Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor para poder pulsar..
É preciso paz para poder sorrir..
É preciso chuva para florir..

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente..
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada
Eu sou...estrada eu vou...

Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor para poder pulsar..
É preciso paz pra poder sorrir..
É preciso chuva para florir..

Todo o mundo ama um dia..todo o mundo chora..
Um dia agente chega..o outro vai embora..
Cada um de nos compõe a sua história..
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz....


Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor para poder pulsar..
É preciso paz pra poder sorrir..
É preciso chuva para florir..

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais..
Cada um de nos compõe a sua historia..
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz...de ser feliz..

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004

So happy ^^

Sabe qual é uma das melhores coisas da vida? Sintonia de espírito. É aquele teu amigo que te liga na exata hora em que vc está triste, ou meio cabisbaixa. E faz o dia ficar melhor. Mesmo.

*lol*

É, eu acho que tenho sorte... muita sorte.
Seguinte.
Dias muito cheios.
Difícil postar, post telegráfico.

Dia 18/02/2004, festa formandos arquitetura no PIPE.
Ingressos comigo, isentam consumação até a 1 da matina
Couvert de 5 reais.

E vamos nessa, té mais!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004

Five for Fighting - Superman

I can’t stand to fly
I’m not that naive
I’m just out to find
The better part of me

I’m more than a bird…I’m more than a plane
More than some pretty face beside a train
It’s not easy to be me

Wish that I could cry
Fall upon my knees
Find a way to lie
About a home I’ll never see

It may sound absurd…but don’t be naive
Even Heroes have the right to bleed
I may be disturbed…but won’t you concede
Even Heroes have the right to dream
It’s not easy to be me

Up, up and away…away from me
It’s all right…You can all sleep sound tonight
I’m not crazy…or anything…

I can’t stand to fly
I’m not that naive
Men weren’t meant to ride
With clouds between their knees

I’m only a man in a silly red sheet
Digging for kryptonite on this one way street
Only a man in a funny red sheet
Looking for special things inside of me
inside of me ...... inside of me ...
inside of me ...... inside of me ...

I’m only a man in a funny red sheet
I’m only a man looking for my dream
I’m only a man in a funny red sheet

It’s not easy ... wu.. hoo.. hoo..
It’s not easy to be me...

sábado, 14 de fevereiro de 2004

*dilema*

Depois de vários dias misturando algum ócio e muitas coisas pra fazer, esse domingo prometia ser altamente entediante.
Agora descobri que preciso acahar a música pra formatura, e não faço muita idéia do que pegar.
Entre as escolhas estão "Epitáfio" do Titãs, "I still haven't found What I'm looking for" do U2, "Por enquanto" do Legião urbana (ou da Cássia Eler, tbém é legal), e mais uma porção de alternativas só instrumentais, como as trilhas de missão impossível (essa o Gustavo, meu colega, disse para deixar para os dinossauros, que estão na faculdade a cerca de 9 anos), Superman (é muito show) e Indiana Jones (Idem). A maioria pareceria engraçada, mas não sei se é bem isso que eu quero.
Ainda tem Austin Powers, Garbage (The world is no enought), bah, perdi a conta....
E se "Cartoon Heroes" tivesse uma versão que não fosse com a voz da Garota do Aqua eu certamente colocava essa ;o)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004

*Novidades*

Seguinte... primeiro, desculpem a falta de posts, mas vocês não imaginam a confusão que está a minha vida esses dias.
Essa transição de estudante para arquiteto promete ser muito, muito difícil.

Ainda bem que a Zackie aparece de vez em quando pra encobrir meus furos, e com posts mega-coloridos ;o)
Só faltaram aqueles bichinhos fofos dançando pela tela (hehe, brincadeira zackie, falta nada...)

A quantidade de coisas que eu tenho pra fazer aqui é algo fora do real.

Espalhar meu portfolio pela net foi algo muito bom.
Umas 50 pessoas já acessaram...

E fui convidado par fazer parte da equipe de um concurso (na verdade é a etapa final, são apenas 5 grupos selecionados participando, 3 prêmios, altas chances de premiação).
Claro que o valor a ser recebido não deve ser muito alto, mas ao menos pode me tirar do vermelho!

Falando em vermelho, desejo que nenhum de vocês jamais passe por algo parecido a essa péssima fase economica em que me encontro. Nem imaginam que angustiante estar com o dinheiro contado (e devendo...)

O carnaval se aproxima, a formatura se aproxima, a vida está bem diferente do que eu esperava, um caos.

Mas a gente sempre dá um jeito...

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“Dark, small, so fragile
A treasure to your heart
Grace your fingers across the lacquer
Think of someone miles away
Piano sounds that bow in the distance
Bring me back to my room again
Ten thousand miles away
My memory is leaking
She lost a ruby thing
Trying to focus, times in the past
The music has stopped and can't carry on
All of a sudden I start to remember
Summer, Germany, then it's gone
Ten thousand miles away
The dancers are sleepy
The keys are put away
The jewel on my jacket talking, talking
Telling stories everyone's heard
My box of ghosts bids me goodnight
Clockwork spirits have the last word
Ten thousand miles away”

terça-feira, 10 de fevereiro de 2004

Buenas e me espalho! = D

Poisé, tempinho q o tio torik não posta, então cá estou eu me metendo aqui... sabe, eu tou usando um programinha legal chamado w.bloggar. Ele pode ser downladado aqui.

Ele é bem interessante, facilita a vida na hora de deixar os posts coloridinhos e fofinhos
Acho que não há muito mais a declarar!
Au revoir, tag tag!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2004

Hoje conversei sério no escritório, a respeito de futuro, de possibilidades, de trabalho...

Acho que ficarei definitivamente ligado a eles.

Bom isso, garantir ao menos os primeiros meses de vida como arquiteto, depois, se der algo errado, ainda posso batalhar por coisas novas!

Por hoje é só, sem tempo, sem inspiração, mas eu volto!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2004

Finalmente saíram os conceitos.

Fiquei com B no meu trabalho de Diplomação.

O que significa que fiquei entre 75 a 89% do esperado.

Posso afirmar que logo depois da minha apresentação, a espectativa (minha) era muito maior, mas foi caindo com o passar da semana e com os paineis de meus colegas. Não que não estivesse muito bom, mas as criticas, apesar de boas, ficaram distantes das melhores.

De qualquer maneira, estou muito feliz, por superar essa fase e principalmente por não ter ficado mal em não obter nota máxima, pelo contrário (e diferente do semestre retrazado) foi natural.

Acho que a tendência que eu tinha de querer sempre me sair muito bem foi substituida pela necessidade de saber fazer bem, mesmo que só depois de precisar demonstrar isso.

E outra noticia boa, ninguém reprovou.
A formatura tende a ficar melhor com isso, ver os amigos, mesmo aqueles que estavam perigando, se formar ao seu lado.

O pior, sem sombra de dúvida, vem depois do canudo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2004

*pensamentos*

O ônibus andava entremeio as faixas velozes da estrada, o livro que eu devia ler (Minority Report, A Nova Lei, de Philip K.Dick) ficou esquecido dentro da mala, no bagageiro. Não restava muito senão dormir ou deixar os pensamentos voarem. E isso sempre me deixa mal, sempre me faz chegar a constatações desagradáveis ou então tristes, e não seria a situação atual que faria ser diferente.

Dessa vez não foi diferente.

Quantas pessoas incríveis a gente conhece nas nossas vidas. pessoas que admiramos pelos mais diferentes aspectos, das mais diversas maneiras, nas quais nos espelhamos para certas coisas, outras que nós gostaríamos de jamais perder de vista, outras que nos fazem questionar tudo aquilo no que acreditamos, ou que simplesmente por existirem fazem um bem inexplicável a nossa própria existência! E sem dúvida algumas em especial pelas quais a gente se apaixona, ou então acha que se apaixona.

Comecei a pensar em quantas pessoas assim já passaram pela minha vida.
E se foram...
Nem ao menos deu pra dizer o que significaram, ou o que poderiam vir a significar.
Quantas pessoas passam diariamente, e se perdem.

E quantas eu admiro em silêncio, admiro porque me espelho para levar meu dia a dia, para descobrir que também tenho as condições para ser forte, para enfrentar o desconhecido, chegar lá. Pessoas que conquistaram a admiração ao longo dos dias, dos anos, que passaram de amigos e amigas a ídolos, e que talvez, principalmente agora nessa fase encerrada da minha vida possam vir a quase sumir dela, a se resumir a um endereço de e-mail pouco usado.

E as antigas paixões. As verdadeiras, não as fantasiadas. Aquelas que te faziam sentir um frio percorrendo a barriga, tomando conta do peito, roubando o ar. Que mesmo depois de dois três anos te deixam desconcertado quando esbarram acidentalmente em um shopping center lotado, bastando um sorriso, um “olá” e um “tudo de bom” para acabar com tua alegria de final de semana e te deixar pensando no “se...” e no “talvez...”
E somem sem deixar vestígio, apenas pra lembrar que somos humanos, frágeis e dependentes.

Uma pena.

Cada vez tenho mais certeza que nunca seria independente, nunca conseguiria me desligar de todo mundo que me cerca. Ou talvez eu devesse dizer de cada uma das pessoas que me cerca.
Cada vez existe uma necessidade maior de dependência, de ter amigos próximos, amigos em quem confiar, família, alguém a quem agradecer por tudo que sempre fez pela gente, porque a vida é muito vazia se não tivermos pessoas que nos apóiem e a quem depois, com o peito cheio de orgulho, possamos agradecer com toda nossa euforia.

Outras por quem nos apaixonamos e idealizamos mil fantasias. Que nos darão motivo para virarmos alguém melhor.

Enfim, estou radiante por ter encerrado talvez a pior fase da minha vida, mas ao mesmo tempo uma das melhores. A grande perda vai ser arriscar todas essas amizades que um dia eu consegui criar e manter. Claro que as verdadeiras sempre irão durar (eis um ditado). Mas ao mesmo tempo não há como saber se as que não duram não teriam sido muito produtivas em outras circunstâncias.

E cada perda é uma perda mito grande, por menor que seja.

Que a amizade vença no final.