quinta-feira, 3 de julho de 2003

*bad day*
Sabe quando, mesmo sem querer, uma pessoa desarma toda a ilusão que você mesmo monta ao seu redor para proteger seu ego da verdade absoluta? Quando você tenta encobrir uma coisa que é sofrida demais para se encarar e que, como todo ser humano - que prefere a negação como primeira escolha - você varreu para debaixo do tapete? e de repente, num diálogo de meio de tarde, desinteressado, entre colegas de trabalho, vem a frase que põe por terra tudo o que você tentava se convencer que acreditava?

Pois é, meu dia foi assim.. apesar de até já ter passado por alguns segundos de consciência em determinados momentos da minha vida, sempre preferi não ver a verdade, sempre preferi acreditar que era apenas um acaso do destino, apenas uma questão de desencontros, uma sucesão de 5 minutos que fizeram a diferença, e que sempre impediram que as coisas mais importantes dessem certo..

Mas a máscara caiu...
Melhor. Foi arrancada a tapas, e por mãos de alguém que sequer tinha a inteção..

É difícil relatar aqui... nem consegui assimilar direito...

Mas tem a ver com rejeição, e com incompatibilidade...
Tem a ver com se sentir só em meio a multidão, sentir que você é diferente, que não faz parte do sistema, que tem uma trava psicológica que nem mesmo abrindo a cabeça poderia liberar..

*quebrando o gelo* eu diria que me sinto como neo em matrix...
Ao menos sei que ainda tenho humor suficiente para não cometer qualquer besteira, e ver que sempre tem uma saída.

O mais curioso, é como tudo isso transparece para quem vê, de fora.
Como podem julgar o nosso modo de agir sem ter passado por tudo que passamos, falar que não damos tanta importância àquilo que a gente sabe que é ideal, mas que não consegue fazer, porque, como já disse, o mundo não nos dá as mesmas respostas que à todos, e nos deixa na margem do seu andamento...

Hoje é um dia daqueles...

Se a vida tivesse parada de emergência, eu já teria apertado a algum tempo!

*see you later.. maybe*

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