terça-feira, 13 de maio de 2003

"Eu não me perdi
E mesmo assim você me abandonou
Você quis partir
E agora estou sozinho
Mas vou me acostumar
Com o silêncio em casa
Com um prato só na mesa"

Ah, melancolia que amplia nossa exigência de momentos saudosos, mesmo que sejam do que a gente sequer experimentou.
Como pode o amor ser algo tão bom e tão ruim ao mesmo tempo, que faz a gente ficar acordado, pensando, imaginando, fantasiando, mas sem coragem para mandar tudo para o alto e arriscar as fichas numa aposta alta?
O medo de perder para sempre acaba fazendo a oportunidade passar, e então o que era apenas medo vira realidade.

Andei lendo meu mapa astral esses dias. Pode parecer bobagem, eu mesmo nem levava muito a sério isso, mas me surpreendi muito ao ver refletidas em algumas folhas de papel toda a minha personalidade. Foi algo feito num site de internet, uma amiga enviou, não tinha como ser manipulado, e falava exatamente de como eu sou, como eu ajo, e, principalmente, qual é a tendência do meu futuro se não conter meus instintos. Pude ver como eu sou desagradável em determinadas situações, tive medo de realmente acabar sozinho por não achar alguém que suporte esse meu jeito. E muito pior que isso tudo aconteceu agora, que mais uma vez me decepciono com o amor.

Por isso decidi. Está na hora de mudar, está na hora de abrir o jogo comigo mesmo, de assumir algumas coisas que eu deixava passar por achar que não eram importantes, ou porque o futuro poderia resolver.
Resolvi investir todas as minhas fichas na aposta acima, resolvi perder completamente os escrupulos e lutar pela minha felicidade, ao menos eu terei certeza de que não esperei o tempo passar, de que não fiquei esperando o meu amor passar, como já fiz uma vez, e perdi quem sabe a garota da minha vida para outro. Já tinha tomado algumas atitudes a esse respeito, e na esperança de que elas poderiam me dar alguma chance, acabei de quebrar a cara de novo. Mais uma vez eu juntarei a bonder e os pedacinho e colarei um a um, e não me importo se quebrar de novo..

o costume faz a gente sentir menos dor a cada nova batida.

Abraço a todos os ouvintes (e valeu pelo desabafo)

T(H)OR-Ik

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