segunda-feira, 21 de junho de 2004

Existem certos momentos no dia em que eu consigo esvaziar minha cabeça de todas as preocupações diárias e deixar o pensamento vagar pelo desconhecido, por aquelas sensações, emoções e raciocinios que eu faço apenas quando estou só, e em geral, caminhando pela cidade.

São muitas coisas que vêm e vão, muitas que eu gostaria de escrever e que infelizmente não consigo recapitular na integra depois...

Mas sempre sobram idéias e reflexões, sempre sobram aquelas frases bobas sobre a vida, e conclusões pessoais.

Hoje andei pensando no quanto vale uma alma.. Não, não é nenhuma avaliação satanista ou algo do tipo, falo sobre a alma, sobre conquista e entrega, amizade, amor, sedução.

O quanto uma pessoa precisa pra prometer (e entregar) a si mesma para outrem. Muito? Pouco?

Existem aquelas que são incapazes de se entregar, porque são colecionadoras de outras almas. Possuem o desejo sádico de ter outras pessoas entre os dedos, sentir o poder que isso proporciona, usá-las para satisfazer a sede de conquista, e depois jogá-las fora como se fossem um produto descartável. Outras são incapazes por medo. A entrega é tudo o que elas desejam, mas o fato de terem sido colecionadas uma ou dua vezes as faz temer as novas chances. E talvez só isso as mantenha vivas.

Há também aquelas que se entregam por muito pouco. Talvez elas pensam merecer pouco, não se dão o devido valor. Talvez a necessidade de se entregar seja tão grande que o valor em si perde o sentido.

Ou então, exigem muito. Recusam todas as ofertas, colocam seu preço no topo, valorizado.
Mas nem sempre são felizes, pois muitas vezes, quem pode pagar não está interessado...

E existe quem dê sua alma de graça.
Estranho? talvez.
Eu daria minha alma de graça...

Porque quando a gente faz isso, a gente escolhe quem vai receber...

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