sábado, 22 de julho de 2006

Sexta a noite

Mistura de sono com vontade de sair e dançar até não sentir mais os dedos dos pés.
Estranho voltar pra casa do Italiano e ver movimento intenso nas ruas.
Gente arrumada, alinhada, dentro dos carros engarrafados em fila.
Esperando para passar nas ruas repletas de bares que fervilham pela noite de cidade.
E esse calor de primavera, que não cansa e não esgota.
E a leveza de um sábado sem trabalho, apenas descanso, e paz.
Nem sei se ainda sei o que é isso.
Dormir sem despertador, sem preocupações na cabeça.
É, talvez a cama seja a melhor saída pra essa primeira noite: aliviar as olheiras profundas que ando cultivando nesses dias.
Assim que conseguir largar o livro...

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"...pertencia àquela espécie de gente que mergulha nas coisas às vezes sem saber porque, não sei se na esperança de decifrá-las ou se apenas pelo prazer de mergulhar. Essas são as escolhidas - as que vão ao fundo, ainda que fiquem por lá. " (Caio fernando Abreu)

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Bom final de semana a todos!

3 comentários:

quebrando ovos disse...

opa finalmente um fim-de-semana decente... aproveite

peripatética disse...

fã de caio, muito bom. mornagos mofados me traz tantas lembranças que é até difícil, quando lembro de um conto parece que sou transportada ao passado. obrigada pela visita.

ALÉM DO PONTO (se vc já leu é claro, nao quero estragar, se bem que esse trecho nao estraga o conto.)

"Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em abrir a garrafa para beber um gole, mas não queria chegar na casa dele meio bêbado, hálito fedendo, não queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava, todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia pensar que eu andava sem dinheiro, chegando a pé naquela chuva toda; e eu andava, estômago dolorido de fome, e eu não queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava, roxas olheiras, teria que ter cuidado com o lábio inferior ao sorrir, se sorrisse, e quase certamente sim, quando o encontrasse, para que não visse o dente quebrado e pensasse que eu andava relaxando, sem ir ao dentista, e eu andava, e tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era."

renata disse...

acabou o estres? que bom!! boas férias :)