sábado, 8 de julho de 2006

Devaneios

Há vários dias venho trabalhando num ritmo alucinado e acho que só hoje, depois de uma pequena pausa pra colocar pensamentos em dia e organizar um pouco a vida, senti o cansaço acumulado se apoderando de músculos e ossos e neurônios.

É como se eu tivesse uma salvaguarda temporária, que acabou hoje as 5:00 da manhã, e de uma hora pra outra as coisas se invertessem de uma tal maneira que tudo o que eu gostaria de fazer seria fechar os olhos (aqui mesmo, sentado...) e apagar, desligar por completo, do mundo, do trabalho, de estar presente.

Infelizmente ainda tenho mais três ou quatro dias desse ritmo.
Fico em dúvida se vou aguentar. Minha cabeça está gradativamente enfraquecendo, a memória está cada dia pior, o raciocínio lento, tudo o que funciona são comandos pré-programados que me permitem fazer meu trabalho na medida do possível.

Agora releio o texto e vejo que é uma chata lamentação. Ódio disso.
Nestes últimos dias (ou semanas) andei percebendo vários defeitos meus, e várias características viciadas do meu comportamento. Não sei se é coisa de momento, ou traços definitivos, só o tempo dirá.

Ganhei faz pouco um espelho que reflete minha personalidade, e me deixa ver como tenho manias, como julgo as outras pessoas com frequência, como falo sozinho e desconexo.

Sim, falo sozinho, muito.
Talvez porque tenha deixado de escrever aqui - a maldita falta de tempo.
Então os pesamentos ecoam na minha cabeça e, sem encontrar qualquer anteparo que os absorva, saem em voz alta.

Também ando sem paciência. A paciência deve ser uma virtude que esgota-se com o cansaço.
Ou com a insistência.

Mas não perdi a felicidade, ou talvez deva dizer a alegria, de estar nessa empreitada toda: estou radiante, com um sorriso bobo e ao mesmo tempo enigmático, que nem eu mesmo consigo decifrar ao me olhar no espelho. Vai entender....

eu não entendo. Bom final de semana a todos.

5 comentários:

João Henriques disse...

Se me permites um conselho, vai intercalando esses momentos de cansaço com momentos em que possas fazer coisas que te dêem prazer. Ver o mar, ler um livro, ouvir uma música, comer uma guloseima, sei lá. Mas coisas doces: «que seja doce!»
Um abraço grande

quebrando ovos disse...

Bom Thor... a maior parte das pessoas nem se dá o trabalho de olhar para os próprios defeitos... quem se propõe a fazer isso ... primeiro está partidário do auto-conhecimento e da mudança... o que é a característica principal pra resolver as coisas...
Bom passando por essa maratona com sorriso no rosto e só um pouco de mal-humor significa que quando passar volta tudo ao normal... =)...

abraço

Anônimo disse...

Pô, então tá tranqüilo! Mesmo em meio à todas essas dificuldades, você consegue ainda manter um sorriso!

Ou seja, o seu espírito está forte!

Bem, é isso! Abraços!

Tiago

renata disse...

tô há dias tentando comentar alguma coisa sobre esse post, mas não consigo....
acho que é pq se reclamo da vida é pq estou infeliz e se estou feliz, não tenho vontade de reclamar de nada...
és uma pessoa muito complexa rô! :)
beijos!

tatiana hora disse...

ah, estou desse jeitinho.