segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Devaneios

*inspirado em (ou quase integralmente transcritas de ) uma conversa com uma amiga.

Hoje sinto mais uma vez aquela velha solidão. Mas como julgar esse vazio como uma causa e não como uma conseqüência de meus atos? Fechar-me em muralhas intransponíveis não será o remédio para as dores de minha alma. Talvez me falte coragem de dizer o que sinto. Mais do que isso. Talvez me falte coragem de descobrir que na verdade não sinto. Sim, em vários momentos eu duvido que meu coração possa realmente sentir algo significativo por alguém. De fato a idéia de parecer tola e preferir a omissão não saem de minha mente, mesmo que isto não console meu coração. E aí vivo de constantes redemoinhos, vertigens, tempestades angustiantes que me consomem. Eu já vivi de sim e não várias vezes e confesso que após algum tempo tais respostas cicatrizaram as feridas. Hoje eu prefiro deixa-la aberta, dolorosa. Prefiro viver do talvez, que oscila entre a esperança da vitória e a eminente derrota. Não sei até quando serei covarde. Por outro lado nesses dias meu coração está descompassado. Ou talvez seja minha mente - pois não acho que seja realmente um sentimento e sim uma carência -  a guiar-me para outro caminho que parece ser o mais fácil e talvez o mais fútil. Tem alguém mexendo comigo e muito. Que atire a primeira pedra quem nunca duvidou do amor que sente por outrem ou que nunca tenha se sentido atraído por duas pessoas. Eu acredito que estou apenas procurando uma forma de fugir do que sinto. Ah!!! Já não sei mais nada. Se alguém conseguir entender o que acontece comigo me explique, pois eu já estou desistindo. A vida anda mais obscura e perigosa do que de costume.

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