Só deixo meu coração na mão de quem pode fazer da minha alma suporte para uma vida insinuante. Insinuante anti-tudo-que-não-possa-ser.
Bossa nova hardcore. Bossa nova nota dez.
Quero dizer, eu estou para tudo nesse mundo. Então só vou deixar meu coração, a alma do meu corpo, na mão de quem pode. Na mão de quem pode e absorve todo o céu, qualquer inferno. Inspiração de mutação, da vagabunda intenção de se jogar na dança absoluta da matança do que é tédio, conformismo, aceitação.
E eu fico aqui, vou te levando nessa dança sobre o mundo. Pode tudo do amor.
Porque eu não quero o teu ciúme, que é o cúmulo. Ciúme é o acúmulo de dúvida, de incerteza de si mesmo, projetado assim, jogado como lama anti-erótica na cara do desejo mais intenso de ficar com a pessoa.
Eu não tô à toa. Eu sou muito boa.
Eu sou muito boa pra vida. Eu sou a vida oferecida como dança. E eu não quero "te dar gelo". Diabos que o carregue. Eu sou muito boa.
Vê se aprende, se desprende. Vem pra mim que eu sou a esfinge do amor te sussurrando. Decifra-me, decifra-me.
Só deixo minha alma, só deixo o coração, só deixo minha alma na mão de quem pode.
Só deixo minha alma, só deixo meu coração na mão de quem ama solto.
Eu vou dizendo que só deixo minha alma, só deixo meu coração na mão de quem pode fazer dele erótico suporte pra tudo que é ótimo fator vital.
(Kátia B / Marcos Cunha)
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